Especialistas Paulo Sentelhas, da Esalq-USP, e Gustavo Vigna, da Ourofino Agrociência, compartilham previsões e projeções para o período de seca
A grande variabilidade espacial das chuvas exige atenção de todos os profissionais que atuam nas diferentes usinas e áreas de fornecedores. Isso porque o impacto na produção da cana-de-açúcar é significativo, principalmente em anos que o período de seca é longo. Nesse contexto, o prof. Me. Paulo Sentelhas, da Esalq-USP, desenvolveu um aplicativo que monitora as mudanças climáticas, visando ter maior assertividade quanto à previsão nas perdas de produtividade.
Segundo o pesquisador, além de realizar o monitoramento, é fundamental analisar e comparar as informações com períodos anteriores, por exemplo, os prejuízos ocasionados pela crise hídrica na safra 2013/14 e as condições atuais. No entanto, há o alento de que as condições climáticas voltem à normalidade.
De acordo com o monitoramento realizado pelo aplicativo, as chuvas devem voltar a estabilizar a partir de outubro, desde que as condições sigam o que normalmente acontece em todo o centro-sul do Brasil, como informa Sentelhas. “Baseando-se na previsão climática, há informações relativas ao prognóstico de chuvas em relação à média histórica, sendo que a perspectiva é de que se tenha uma fase neutra do El Niño Oscilação Sul, o que indica condições de chuvas dentro da normalidade.”
Outro fenômeno climático que ocorre nesse período seco, e que já causou danos nos canaviais da região sudeste, é a geada. Em várias localidades, grandes áreas foram atingidas. Segundo Gustavo Vigna, gerente de marketing de cana-de-açúcar da Ourofino Agrociência, o período seco antecipado pelo segundo ano consecutivo, aliado às geadas, prejudica o restabelecimento do desenvolvimento da cana-de-açúcar, reduzindo a oferta de matéria-prima.
Em função disso, os preços do açúcar e etanol devem continuar em alta para usinas e fornecedores, tornando esse cenário atrativo ao uso de herbicidas para as diferentes épocas do ano, devido a maior interferência das plantas daninhas e aos prejuízos nos canaviais, que estão com menor desenvolvimento em função das condições de estresse hídrico. “As usinas e os fornecedores que realmente investirem terão um diferencial importante para a próxima safra, conquistando maiores níveis de produtividade. Utilizar as ferramentas certas, no momento adequado, tem se mostrado uma grande arma para o produtor que busca produzir mais e melhor”, diz Vigna.
A Ourofino Agrociência tem herbicidas para o segmento. Para o período seco, as ferramentas mais indicadas da companhia são o Kaivana 360 CS e PonteiroBR, produtos com formulações adaptadas a essa situação climática. São produtos com o selo de reimaginados da Ourofino, por serem desenvolvidos focados nas condições tropicais do Brasil. Outro destaque é o recém-lançado DistintoBR, o mais novo graminicida da empresa, um dos ativos mais utilizados na cultura de cana-de-açúcar. Mais dois produtos possuem grande utilidade nesse período e são de grande importância, são o FortalezaBR e MagnusBR.