O Brasil é líder na produção e na exportação de produtos agrícolas, além de ser conhecido, em todo o mundo, pela qualidade de sua matéria-prima. Para esse reconhecimento, são necessárias ações precisas e certeiras na atividade agrícola, como conhecimentos específicos do produtor rural, competência em gerir seu negócio e utilização de tecnologia de ponta. Apesar disso, quando o assunto é máquina agrícola, muitos agricultores acabam pecando, com prejuízos, inclusive pela falta de uma simples ação: a prevenção.
Especialistas no assunto orientam que o produtor rural faça, com periodicidade, revisão e manutenção das máquinas agrícolas no período da entressafra. Trata-se de um tipo de manutenção de cunho funcional preventivo e corretivo. Neste tipo de vistoria, o equipamento agrícola é inspecionado de forma completa, sendo que partes agregadas são desmontadas parcialmente para melhor análise (motor, transmissão, redução final, sistema hidráulico e elétrico).
Alessandro Sgobbi, supervisor de serviços da Stefani Massey, empresa do Grupo Stéfani Ribeirão Diesel, com unidades em Jaboticabal, Ribeirão Preto e Catanduva (SP), orienta a manutenção preventiva para evitar danos nas máquinas e possíveis paradas nas atividades agropecuárias durante a safra. “Este tipo de intervenção é necessário para garantir melhor disponibilidade mecânica durante o ciclo das atividades agrícolas e ainda controlar custos”. Segundo ele, uma vez programada a manutenção, é possível administrar os custos de acordo com determinados períodos, sem que haja surpresas indesejadas e sem afetar a lucratividade do negócio.
O tempo médio de uma manutenção, no período da entressafra, pode variar de dois a cinco dias úteis, considerando tempo de diagnóstico e reparação. “Esse tempo representa uma variável de 0,5 a 1,3% de indisponibilidade para uma safra anual, por exemplo”, explica Dorival Fenerick Jr, gerente de serviços da Stéfani Massey.
Além disso, com a revisão programada, o produtor rural chega a economizar de R$ 10 a R$ 30 mil por equipamento, referente a quebras não programadas, ou seja, problemas de motor, câmbio, redução final e hidráulico. “A falta de manutenção leva ainda a perdas relacionadas à improdutividade da máquina pelo tempo em que pode ficar parada durante a safra. “O custo de reparação corretiva durante o período de safra é maior, pois normalmente é emergencial”, alerta o gerente, destacando que é possível, junto ao concessionário, prever os custos de manutenção.
Outro ponto que deve ser considerado é o período da revisão: sempre na entressafra, respeitada pelo calendário agrícola regional. No entanto, algumas culturas apresentam ciclo de colheita anual, como é o caso da citricultura, por exemplo. Neste caso, a orientação de Fenerick é que haja a paralisação intercalada, para não comprometer a produção. “Normalmente, ao menos uma vez ao ano, os equipamentos devem passar por este tipo de intervenção”, explica. Ele orienta ainda que, após a manutenção, é necessário respeitar as intervenções preventivas, basicamente caracterizadas pela substituição de lubrificantes e filtros, assim como alguns ajustes.
Como o próprio nome diz, a manutenção tem como foco a prevenção de erros que podem ocorrer quando as máquinas estão em pleno funcionamento. Sgobbi explica que existem programas de incentivo através de relatórios do tipo ‘check list‘ que captam evidências percebidas pelos técnicos, além de analisarem à fundo algum tipo de sintoma infirmado pelo cliente. “Uma vez identificada a devida prática do plano de manutenção, em caso mais delicados, geralmente, as concessionárias têm total apoio do fabricante na resolução do problema. Desta forma, as revisões oferecem uma garantia maior ao produtor rural”, conclui.
Fonte: GSRD/Assessoria