Durante lançamento do Plano Safra 2023/2024, o ministro Fávaro, da Agricultura, questionou a manutenção da taxa básica de juros em 13,75% pelo Copom
Produtor rural que adotar práticas sustentáveis terá taxa de juros reduzida
Fávaro ressaltou a importância do desenvolvimento do país e enfatizou a necessidade de o Banco Central cumprir suas metas e responsabilidades. Em sua fala, sugeriu a convocação do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, para debater sobre a manutenção da taxa de juros.
Nós temos que saber dele qual é a responsabilidade dele com o Brasil. Uma das metas do Banco Central é trabalhar o controle de inflação. Isso está indo muito bem. A política econômica está indo muito bem. Está dando sinais cada vez mais fortes de controle da inflação. É permanente. Qual o sentido se faz em ter taxa de juros básica, a Selic, de 13,75%? O que ele pensa dos empregos, o que ele pensa do desenvolvimento desse país? Quem aprovou o nome dele foi o Senado Federal. E, ao aprová-lo, foi nessas bases e nesse compromisso. E nós temos que cobrar um posicionamento dele”, questionou o ministro.
O ministro disse ainda que o Brasil “não pode mais ficar refém de uma pessoa que não tenha compromisso com a geração de emprego e com o desenvolvimento econômico”. E destacou que a elaboração do Plano Safra 2023/2024 exigiu “muito suor da equipe econômica”, para viabilizá-lo e buscar alternativas que promovam o crescimento e ofereçam mais oportunidades, com a taxa básica de juros em 13,75%, enquanto, no ano passado, o plano safra tinha taxa de 12,75%.
O ministro enfatizou a importância de encontrar soluções e trabalhar em parceria com o BNDES, mencionando as linhas de crédito dolarizadas como um exemplo de sucesso. Ele reiterou a determinação do governo em buscar melhores condições econômicas e criar oportunidades para o país.
O Plano Safra 2023/2024 foi lançado nesta terça-feira com recursos na ordem de R$ 364,2 bilhões para médios e grandes produtores, um aumento de 27% em relação ao ano anterior.
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