Caso de gripe aviária registrado em aves silvestres não altera a condição sanitária do Estado e do País, e não afeta a produção comercial
A Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) informou, em uma nota publicada no sábado (24), a detecção de um caso de Influenza Aviária (H5N1) de Alta Patogenicidade (IAAP) em ave silvestre no município de Antonina, no Litoral do Paraná. Esse é o primeiro caso de gripe aviária registrado no Estado.
A infecção pelo vírus da gripe aviária em aves silvestres não altera o status sanitário do Paraná e do Brasil como livre de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP). Assim, não há impacto no comércio internacional de produtos avícolas. Também não há risco no consumo de carne e ovos, pois a doença não é transmitida por meio do consumo.
Influenza aviária: o que precisamos saber sobre a doença
O diagnóstico foi confirmado na sexta-feira (23). De acordo com a nota da Adapar, o vírus foi identificado em ave silvestre da espécie Trinta-Réis-Real (Thalesseus maximus). As amostras foram processadas no Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de São Paulo (LFDA/SP), reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal – OMSA como referência internacional em diagnóstico de Influenza Aviária.
Foram intensificadas as ações de vigilância em populações de aves domésticas e silvestres em todo Estado, em especial nas regiões relacionadas a este evento. A depender da evolução das investigações e do cenário epidemiológico, novas medidas poderão ser adotadas pela Adapar para evitar a disseminação da doença e proteger a avicultura paranaense.
Casos confirmados de influenza aviária acende alerta no Brasil
Não há propriedades de produção comercial no raio de 10 quilômetros do foco localizado em Antonina. O litoral do Paraná não possui uma produção avícola comercial expressiva, ficando distante de locais com produção intensiva. Outras investigações em aves silvestres estão em curso no Paraná.
O que fazer
A primeira linha de defesa contra a influenza aviária é a detecção precoce e a notificação oportuna de suspeita da doença para permitir uma resposta rápida, a fim de evitar a disseminação. Os produtores e a população precisam ficar atentos aos sinais que as aves infectadas pelo vírus da gripe aviária apresentam.
Pelo risco de contágio, não se deve manipular aves silvestres mortas ou com sinais clínicos da doença. Todas as suspeitas de Influenza Aviária, que incluem sinais respiratórios, neurológicos ou mortalidade alta e súbita em aves, devem ser notificadas imediatamente à Adapar, pessoalmente nas unidades locais ou no site www.adapar.pr.gov.br, por meio da plataforma e-Sisbravet.
Cuidados
Os donos de aviários devem reforçar os cuidados com o fechamento de todas as frestas para evitar que qualquer outro animal, incluindo as aves silvestres, possa ter contato com as comerciais.
Também é importante não deixar ninguém estranho à produção chegar perto das aves e que aqueles que precisam desse contato utilizem roupas e sapatos específicos para a atividade. As regras aplicam-se também a produtores de ovos. É fundamental sempre lavar as mãos e trocar roupas e sapatos antes de acessar as granjas.
A doença
A Influenza Aviária (IA) é uma doença viral altamente contagiosa que afeta aves domésticas e silvestres, muitas vezes resultando em graves consequências para a saúde animal, para a economia e para o meio ambiente.
Até a presente data, a Influenza Aviária de Alta Patogenicidade foi identificada em aves silvestres nos seguintes Estados: Espírito Santo (26 focos), Rio de Janeiro (13 focos), Rio Grande do Sul (1 foco), São Paulo (3 focos), Bahia (2 focos) e Paraná (1 foco), totalizando 46 focos em todo o País.
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