Pesquisa revela que 61% das fazendas não têm estruturas para armazenagem

Estudo ouviu 1.065 produtores rurais e revela ainda a que a capacidade média total dos armazéns no Brasil é de 159.385 mil sacas de grãos.

Uma pesquisa inédita realizada com produtores rurais de todas as regiões do Brasil mostrou que 61% não têm infraestrutura de armazenagem na propriedade. Dos entrevistados que possuem algum tipo, 19,8% são armazéns do tipo silo, convencional ou graneleiro.

Os dados são do estudo “Diagnóstico da Armazenagem Agrícola no Brasil”, realizado pela Esalq-Log (USP), a pedido da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), que ouviu 1.065 produtores rurais. O objetivo era traçar o perfil da armazenagem no campo, de quem utiliza esse tipo de infraestrutura na fazenda, fora da fazenda, em silo bag, e recomendações desses usuários para incentivar e expandir o uso da armazenagem.

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Entre outros dados, a pesquisa revela que a capacidade média total dos armazéns no Brasil é de 159.385 mil sacas de grãos. Quando se avalia a capacidade de armazenagem por região, o Centro-Oeste aparece em primeiro lugar, com capacidade para 214.592 mil sacas, seguido do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), com capacidade de armazenar 201.551 mil sacas; e a região Sul, com 141.565 mil sacas.

Ganhos econômicos

Os produtores que possuem algum tipo de armazenagem foram questionados sobre os ganhos em produtividade. Cerca de  40,8% responderam que tiveram ganhos econômicos entre 6% e 20% com o uso da armazenagem.

A pesquisa também revela que a maior parte dos produtores rurais deseja expandir a capacidade estática de armazenagem. Cerca de 54% dos produtores disseram ter interesse com o intuito de comportar o aumento da produção própria; 15,9% para atender terceiros e produção própria; e 30,1% responderam que não têm interesse.

No item sobre as principais dificuldades com a gestão da armazenagem própria, os produtores elencaram a falta de profissionais qualificados (24,8%), perdas físicas e de qualidade do grão (16,5%), gestão da umidade (7,8%) e alto custo de aquisição e necessidade de capital de giro (7,3%.

 

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