Sistema OCB se reuniu com o ministro da Agricultura e apresentou demandas do setor para o Plano Safra 23/24
A Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) apontou a necessidade de um montante mínimo de R$ 410 bilhões, sendo R$ 125 bilhões para investimentos e outros R$ 285 bilhões para custeio. Outros destaques foram o fortalecimento da atual política de crédito e seguro rural. Além da elevação dos tetos para contratações frente ao encurtamento das margens de custos de produção e recuo dos preços agrícolas do país, com foco em linhas de investimento.
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Sobre as taxas de juros, a articulação é no sentido de deixá-las abaixo de dois dígitos em todas as linhas de planejamento agropecuário. Outro pleito é a manutenção e elevação das exigibilidades de depósitos à vista de 25% para 34%; da poupança rural de 59% para 65%, e da Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) de 35% para 60%, com isenção tributária.
A ampliação orçamentária do Seguro Rural e do Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) também foram defendidas como forma de mitigar riscos à produção e ao mesmo tempo ampliar a abrangência e a efetividade das ações.
Outro ponto abordado foi a questão da armazenagem. Os cooperativistas cobraram uma linha específica e permanente para a construção de armazéns.
Crédito rural no Plano Safra 23/24
Em relação ao acesso ao crédito, o coordenador nacional do Ramo Agro do Sistema OCB, Luiz Roberto Baggio, ressaltou que as cooperativas financeiras podem fortalecer as políticas para o setor, por sua capilaridade e efetividade.
O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, afirmou que as cooperativas estão buscando cada vez mais levar seus produtos para outros países e que é necessário mais crédito para financiar estes processos.
“Sabemos que a capacidade do governo é limitada, embora haja vontade. Precisamos construir soluções viáveis com transparência e queremos colaborar com isso junto ao Ministério da Agricultura e ao governo como um todo”, considerou.
A manutenção da atual arquitetura de crédito rural e o aumento do volume de recursos para financiamento também foram pontos apontados pelo presidente da OCB. Ele solicitou a ampliação das condições e dos percentuais de exigibilidade de aplicação no crédito rural por parte das instituições financeiras e do orçamento federal direcionado à equalização das taxas de juros abaixo dos dois dígitos.
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O ministro Carlos Fávaro disse que o Plano Safra 23/24 será divulgado na última semana de junho, uma vez que as articulações por um volume maior estão sendo feitas entre os ministérios. Fávaro contou que o plano já tem apoio das pastas de Planejamento e Orçamento, da Fazenda e do Desenvolvimento Agrário.
Fávaro voltou a mencionar que o Plano Safra 23/24 está baseado na Agricultura de Baixo Carbono (ABC) e que as cooperativas “podem ficar tranquilas pois já praticam uma agricultura sustentável”. “A sustentabilidade é uma prática de mais de 80% dos produtores e precisamos desmistificar isso para o mundo para termos mais escala”, enfatizou.
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