Prejuízo causado pelos incêndios está estimado em mais de R$ 800 milhões

A Organização de Associações de Produtores de Cana do Brasil (Orplana) divulgou nesta quinta-feira (5) um novo balanço dos impactos dos incêndios que atingiram propriedades rurais no estado de São Paulo e em outras regiões do Brasil. Em nota, a organização afirma que foram identificados mais de 2,3 mil focos de incêndios, que resultaram em mais de 100 mil hectares queimados em áreas de cana-de-açúcar e áreas de rebrota de cana. Os números contabilizam os incêndios registrados no fim de semana dos dias 24 e 25 de agosto e as ocorrências subsequentes até a quarta-feira (4).

O prejuízo estimado alcança mais de R$ 800 milhões, pelos efeitos dos incêndios na cana em pé, nas soqueiras e na qualidade ruim da matéria-prima. A Orplana destaca ainda que a quantidade de hectares queimados não contabiliza áreas de APP, reserva legal e pastagens.

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O CEO da organização, José Guilherme Nogueira, esclarece que devido às perdas, a cana só vai conseguir rebrotar quando tiver água no solo, quando as chuvas chegarem. “

Esse cenário de clima seco e falta de chuvas pode impactar a safra futura, mas ainda é cedo para essas previsões. Esperamos que as chuvas deste final de ano venham de forma uniforme e volumosa e a rebrota da cana-de-açúcar aconteça de uma maneira mais tranquila”, afirma.

A Orplana enaltece o anúncio feito pelo Ministério da Agricultura sobre uma linha de crédito específica para o replantio da cana-de-açúcar nas áreas produtoras afetadas pelas queimadas.

“Certamente teremos a necessidade de replantio e o crédito será um bom alento para os produtores de cana, que gastam, em média, R$ 13,5 mil para a eliminação da soqueira, da rebrota ruim e para a realização do plantio”, explica. “E, muitas vezes, os produtores não conseguem pagar isso em um ano, mas sim em duas ou três safras. Por isso, a linha de crédito irá ajudar”, completa.

Na nota, Nogueira ressalta ainda que toda a cadeia produtiva da cana-de-açúcar está comprometida com a sustentabilidade e a preservação ambiental, cumprindo rigorosamente as diretrizes do Protocolo Agroambiental – Etanol Mais Verde, que proíbe o uso do fogo na colheita de cana no Estado de São Paulo.

 

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