A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) participou, na última sexta-feira (18), do evento “Nova Resolução Fiagro: Potencial do mercado de capitais no financiamento do agro”, na Arena B3, em São Paulo.
O encontro foi realizado pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), B3, CNA, Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Ecoagro, Instituto Brasileiro de Direito Administrativo (IBDA) e Nova Futura.
O principal objetivo foi discutir sobre a Resolução CVM 214, que regulamenta os Fundos de Investimento nas Cadeias Produtivas do Agronegócio (Fiagro). Com a nova norma, os fundos podem operar de forma multimercado, com maior flexibilidade e sem a necessidade de concentrar seus recursos em um único fator de risco.
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O diretor técnico da CNA, Bruno Lucchi, palestrou no painel “Panorama do Agronegócio” e falou sobre o comportamento dos preços das principais commodities (soja, milho, boi, cacau e café) e suas particularidades.
“Cada uma dessas cadeias está em uma fase diferente, umas com preços mais estáveis, outras com valores mais elevados, como é o caso do café e do cacau, o que mostra a diferença de dinâmica de mercado”, disse.
Diante desse cenário, Bruno destacou os dados do crédito rural oficial no país e a importância da política pública para manter o setor dinâmico e tecnológico. De acordo com o Banco Central, nos três primeiros meses do Plano Safra 2024/2025, os recursos tiveram redução de mais de 30% em sua aplicação.
Segundo o diretor, os produtores não têm conseguido acessar os recursos por diversos fatores, como a manutenção das taxas de juros, alíquota do Proagro elevada, atraso do anúncio do Plano, instituições financeiras com maior cautela na análise, não atendimento dos produtores do Rio Grande do Sul e atratividade das fontes privadas.
“O agro tem momentos cíclicos, de altos e baixos, mas é um setor consolidado e o mercado de capitais surge como uma importante ferramenta para que os produtores continuem mais fortes e resilientes”.
Bruno Lucchi mostrou que o crédito privado tem sido uma tendência e uma alternativa ao crédito oficial, inclusive para os pequenos produtores. Em agosto deste ano, por exemplo, o patrimônio líquido do Fiagro totalizou R$ 39,97 bilhões, um aumento de 138% em relação ao mesmo período do ano passado.
Para o diretor técnico da CNA, o setor agropecuário brasileiro é dinâmico, tem suas particularidades e precisa de crédito e seguro rural robustos para seguir batendo recordes de produção e exportação.
“Não podemos focar em um segmento ou outro ou achar que existe uma crise generalizada. Memos porque os momentos que já passamos também foram recorrentes no passado. E cada vez que o setor sai desses momentos de baixa, sai mais forte, competitivo e ajudando o país”.
O consultor da CNA José Angelo Mazzillo também participou do evento como moderador do terceiro painel, que discutiu o aprimoramento do ambiente de negócios das finanças do agro.
Fonte: Datagro
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