Receita do setor cafeeiro totaliza R$ 32,9 bilhões

Desse montante, R$ 25,76 bilhões são de café arábica e R$ 7,15 bilhões de café conilon, em 2021

A receita bruta total estimada dos Cafés do Brasil, com base em pesquisa realizada tendo como referência os preços médios recebidos pelos produtores de café, no período de janeiro a maio do ano em curso de 2021, foi estimada em aproximadamente R$ 32,91 bilhões, dos quais R$ 25,76 bilhões estão previstos para os cafés da espécie arábica, montante que corresponde a 78% do total, e R$ 7,15 bilhões para os cafés conilon, cifra que equivale a 22% do total calculado como faturamento bruto anual do setor.

Com base nestes dados estimados do faturamento bruto da produção cafeeira do País, se for estabelecido um ranking da receita estimada para as cinco regiões geográficas brasileiras, as quais produzem café, considerando obviamente as duas espécies (arábica e conilon), em ordem decrescente, constata-se que a Região Sudeste desponta em primeiro lugar, com R$ 28,66 bilhões, cujo montante equivale a 87% do faturamento total, seguida pela Região Nordeste, que teve sua estimativa calculada em R$ 2,16 bilhões, a valor que corresponde a 6,5%.

Em terceira posição neste ranking, vem a Região Norte, com receita bruta estimada em R$ 1,16 bilhão, que corresponde a 3,5%; e, em quarto lugar, figura a Região Sul com R$ 667,41 milhões de arrecadação com a atividade cafeeira, o que equivale a 2%. Por fim, em quinto, encontra-se a Região Centro-Oeste que tem o faturamento bruto da lavoura cafeeira estimado em R$ 261,56 milhões, montante que corresponde a 0,8% do total estimado para todas as lavouras dos Cafés do Brasil.

No mesmo contexto desta análise do faturamento bruto estimado para as lavouras produtoras de café, se for elaborado um ranking exclusivamente para os cafés da espécie arábica, cuja receita total estimada é de R$ 25,76 bilhões, tem-se a seguinte performance: as Regiões Sudeste e Nordeste, à semelhança do ranking anterior, figuram em primeiro e segundo lugares, respectivamente, com faturamentos estimados em R$ 23,68 bilhões, cuja cifra corresponde a 92%, e R$ 1,18 bilhão que equivale a 4,5%, do total da espécie arábica.

Na sequência, a terceira colocada nesse ranking de café da espécie arábica é a Região Sul, com R$ 667,41 milhões (2,6%), seguida pela Região Centro-Oeste com R$ 211,55 milhões (0,82%). E, por fim, a Região Norte, em quinto lugar, com R$ 23,38 milhões, o que equivale a 0,09% do faturamento total dos cafés arábicas.

Esta performance em análise da estimativa do faturamento dos Cafés do Brasil prevista para 2021, teve como base e referência os dados constantes do Valor Bruto da Produção – VBP (Maio/2021), o qual é elaborado e divulgado mensalmente pela Secretaria de Política Agrícola – SPA, do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento – Mapa, e também está disponível na íntegra, assim como todas as demais edições desse documento, no Observatório do Café do Consórcio Pesquisa Café, rede integrada de pesquisa coordenada pela Embrapa Café.

Complementando esta análise em foco do faturamento bruto das lavouras dos Cafés do Brasil, com a espécie conilon, cuja receita bruta total para este ano de 2021 está estimada em R$ 7,15 bilhões, verifica-se que o ranking das quatro regiões produtoras, haja vista que a Região Sul brasileira não produz café conilon, tem a seguinte configuração: na primeira posição, novamente, destaca-se a Região Sudeste com R$ 4,98 bilhões, receita que corresponde a 69,6%, seguida pela Região Norte com R$ 1,13 bilhão (15,8%). Em terceira posição vem a Região Nordeste com R$ 981,45 milhões (13,7%), e, por última, em quarto lugar, a Região Centro-Oeste com R$ 50 milhões, os quais equivalem a 0,7%.

 

Fonte: Lucas Tadeu Ferreira/Embrapa Café

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