Responsável por mais de 95% do faturamento da feira, setor espera repetir volume de vendas do ano passado
De acordo com o presidente do Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas no RS, Simers, Claudio Bier, será um desafio repetir o recorde de R$ 6,6 bilhões atingido em 2022. “É uma tarefa difícil, trabalhamos para superar esses números, mas se mantivermos estará muito bom”, afirma.
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Para o setor de máquinas e implementos agrícolas, a Expointer representa um grande shopping a céu aberto, onde, em meio ao grande volume de opções, as indústrias apresentam as novas tecnologias agrícolas que levam mais inovação e mais sustentabilidade ao agronegócio – tema do Simers para este ano no evento.
“A produtividade está cada vez mais relacionada com a conectividade. O que vemos no campo é que tanto o pequeno quanto o grande produtor rural querem se atualizar, e aproveitam a Expointer para conhecer os equipamentos de última geração e para a agricultura de precisão. É bom para comparar tecnologias, valores e condições de compra”, reforça Bier.
Nesta segunda-feira (28), os irmãos Adilson e Alessandro Raasch, de Ibirubá, foram ao Parque Assis Brasil para ver de perto as novidades em tecnologia que deverão chegar ao campo. Além de passar o dia na feira, eles tiveram uma agenda que incluiu palestras e atividades com outros produtores da cooperativa a qual estão associados – a Cotribá. Em uma área de aproximadamente 300 hectares, a família Raasch cultiva soja, trigo e canola. Segundo Adilson, fatores como potência e funcionalidade das máquinas são importantes na hora de escolher os reforços para o maquinário.
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Embora o perfil dos produtores que visitam a Expointer seja bastante diversificado, com demandas por todo o tipo de maquinário agrícola, as máquinas mais procuradas são tratores, colheitadeiras, plantadeiras e pulverizadores.
O período em que se realiza a Expointer é estratégico para o setor de máquinas e implementos agrícolas, considerando a aproximação da safra de verão e, ainda, por ser o primeiro grande evento após o lançamento do Plano Safra 2023/24 do Governo Federal, no final de junho, com recursos que somam R$ 364,22 bilhões.
Para incentivar o financiamento de máquinas e equipamentos agrícolas, o Programa de Modernização da Frota de Tratores Agrícolas e Implementos Associados e Colheitadeiras (Moderfrota) oferece taxa de juros de 10,5%, sem limite de financiamento, enquanto para os demais produtores é de 12,5%.
Bier espera que esses fatores possam ajudar a alavancar negócios. “O atual cenário poderia estar melhor. O lado positivo são os recursos que podem ser acessados via Moderfrota, mas os juros ainda estão muito altos mesmo com a recente baixa da taxa Selic. Esperamos que as coisas melhorem nos próximos meses e voltem ao mesmo patamar de 2022”, completa.
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Nos estandes de venda, o clima é de confiança e de retomada. Segundo o gerente de Marketing Tático da Valtra, Gustavo dos Santos, o bom movimento do fim de semana e o interesse dos produtores acenam para bons números. A expectativa é que as linhas de crédito do governo ajudem a impulsionar as vendas. “É a melhor janela, pois estamos próximos do plantio de soja e arroz”, exemplifica.
Para o gerente de vendas da Região Sul da John Deere, Gustavo Barden, a tecnologia ajuda a melhorar a produtividade nas áreas cultivadas. Apostando na retomada dos negócios após consecutivas estiagens, Barden destaca que a empresa tem recursos para equalizar taxas para os produtores. “O produtor tem que conseguir manejar o pagamento”, destaca. “Hoje, o crescimento precisa ser sustentável para que se possa tirar o melhor proveito da terra”, disse.
Novidades e tecnologias despertam interesse
Quem anda pelo setor de máquinas se admira com a imponência dos pulverizadores, colheitadeiras e tratores com alta tecnologia e que estão disponíveis tanto para pequenos quanto para grandes produtores.
Na New Holland, o destaque fica por conta do primeiro trator agrícola acessível do mundo produzido por uma montadora. O modelo TL5 Acessível, que está disponível comercialmente no Brasil, é uma máquina destinada a pessoas com deficiência motora nos membros inferiores, possibilitando que elas exerçam de maneira independente suas atividades no campo. O desenvolvimento do TL5 Acessível contou, inclusive, com a participação de um cliente da New Holland, que é cadeirante.
O TL5 Acessível está disponível em versões de 80, 90 e 100 cv, bastante versátil e robusto, voltado a pequenos, médios e grandes produtores. Ele pode ser usado nas principais tarefas dentro da propriedade rural, como preparação de solo, plantio, distribuição de calcário, colheita em pequenas fazendas, silagem, roçagem, pulverização, distribuição de fertilizantes, carregador frontal e serviços gerais. Além das máquinas novas, tratores da linha TL5 produzidos a partir de 2019 em diante também poderão ser adaptados para receber a plataforma de acessibilidade, ampliando as possibilidades para os clientes da marca.
De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2019, divulgada pelo Ministério da Saúde em conjunto com o IBGE, o Brasil possui 17,3 milhões de pessoas com dois anos ou mais de idade com algum tipo de deficiência (8,4% dessa população), sendo que 7,8 milhões possuem deficiência física nos membros inferiores. Do total de pessoas com alguma deficiência no Brasil, 2,9 milhões residem em domicílios rurais.
Conectividade disponível aos pequenos produtores
Para a John Deere, os destaques na Expointer são as linhas de tratores 5EN e 5E, que ganharão upgrades, com versões atualizadas de cabine e conexão ao modem MTG. Focados em atender às necessidades dos pequenos produtores, os tratores estreitos da série 5EN estão com uma nova cabine, que foi projetada de forma ergonômica para ter até 15% mais visibilidade e 25% menos vibração com a opção do assento pneumático, resultando em mais segurança, produtividade e menos fadiga ao operador. A partir de 2024, os modelos da série e a linha 5E estarão conectados pelo modem MTG, o que permitirá fazer todo o acompanhamento da máquina, desde sua saúde até as operações que estão sendo realizadas, tudo em tempo real.
“A conectividade veio para facilitar a vida do produtor e estimular cada vez mais a agricultura de precisão. Por meio do modem MTG, o agricultor pode monitorar sua operação no John Deere Operations Center™ e outras ferramentas digitais, sendo capaz de planejar e analisar todas as etapas do ciclo produtivo”, relata o diretor de Vendas da John Deere Brasil, Marcelo Lopes.
Pensando em oferecer uma linha completa de tratores que atendam do pequeno ao médio produtor, está presente na feira o 3036EN, o menor e mais versátil trator comercializado pela John Deere no Brasil, com foco na agricultura familiar e em culturas especiais; a série 6M, que conta com um portfólio com potências de 135 a 210 cv; e os modelos 7M, altamente versáteis e que atendem às necessidades de clientes dos segmentos de grãos e cana.
Fonte: Eliane Iensen/Ascom Expointer
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