Sistemas integrados ILPF podem ser adotados em modalidades variadas para os mais diversos portes de propriedades e diferentes cultivos
“Conceitualmente, a ILPF é uma estratégia de produção onde ocorre o cultivo em uma mesma área de espécies agrícolas, florestais e pecuária, seja em consórcio, sucessão ou rotação, buscando efeitos sinérgicos entre seus componentes, diz Marina Lima, Zootecnista e Técnica de Sementes e Sustentabilidade da SOESP.
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Sistemas integrados ILPF
Entre os sistemas integrados que podem ser adotados pelos produtores, pode-se destacar quatro modalidades:
Integração Lavoura-Pecuária (ILP) ou Agropastoril:
Este sistema de produção integra espécies agrícolas e pecuárias, em consórcio, sucessão ou rotação em um mesmo ano agrícola ou por vários anos. Nessa modalidade não há a presença do componente arbóreo e é a modalidade mais adotada pelos produtores rurais, com aproximadamente 83% de adoção, principalmente pela maior facilidade de cultivo e retorno econômico a curto prazo.
Integração Lavoura-Floresta (ILF) ou Silviagrícola:
Com este sistema de produção há a integração de espécies florestais em consórcio com cultivos agrícolas anuais ou perenes. “Esta é mais adotada por pequenos produtores e pelo tempo em que o componente arbóreo está em crescimento e não pode ter a presença do animal. Cerca de 1% dos produtores adotam essa modalidade”, destacou.
Integração Pecuária-Floresta (IPF) ou Silvipastoril:
Um sistema de produção que integra pecuária (pastagem e animais) e espécies arbóreas, em consórcio. “Essa modalidade é adotada por cerca de 7% dos produtores rurais e mais utilizada em áreas que não possuem aptidão agrícola ou com topografia que dificulte o uso de maquinários agrícolas”, acrescenta a especialista.
A quarta opção é a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) ou Agrossilvipastoril:
Um sistema de produção que integra espécies agrícolas, florestais e pecuária (pastagem e animais) em rotação, consórcio ou sucessão. “Essa modalidade é adotada por 9% dos produtores rurais. O componente agrícola restringe-se ou não à fase de implantação das árvores”, diz a zootecnista.
Ainda segundo a especialista, é muito importante destacar que a escolha da modalidade mais adequada e das espécies para compor o sistema deve ser feita com base na análise das características da região, condições climáticas, ao mercado local e objetivos do produtor, podendo ser adotada por pequenos, médios e grandes produtores rurais.
Além disso, o tempo de utilização de cada componente na ILPF vai depender do sistema utilizado, como exemplo, a pecuária pode ser utilizada por três meses a cinco anos e retornar com a lavoura que pode ser utilizada por cinco meses ou até cinco anos. Já o componente florestal pode ser utilizado por um período curto ou longo, dependendo da espécie e finalidade.
Com a utilização dos sistemas ILPF, além da intensificação e maior eficiência no uso da terra, diversos benefícios ambientais, econômicos e sociais são gerados. “A ILPF é uma tecnologia que contempla os três pilares da sustentabilidade. O futuro é integrado, dificilmente um produtor que adota a ILPF voltará a utilizar sistemas em monocultivo”, finaliza a especialista.
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