Suspensão de recursos do Moderfrota preocupa o setor

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) suspendeu pedidos de financiamento de várias linhas do Plano Agrícola e Pecuário (PAP) 2022/2023, incluindo o Moderfrota, para a aquisição de máquinas e equipamentos agrícolas

Os recursos para a aquisição de máquinas e equipamentos agrícolas do Plano Safra 2022/2023 já se esgotaram. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) emitiu circular informando que novos protocolos de pedidos de financiamento pelo programa Moderfrota foram suspensos “em razão do comprometimento total dos recursos disponíveis”.

No total, 11 linhas foram suspensas, entre elas o Programa Crédito Agropecuário Empresarial de Investimento, Linhas de Investimento do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), Linhas de Custeio e de Investimento do Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA) e Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica na Produção Agropecuária (Inovagro).

Cerca de R$ 5,9 bilhões destinados ao programa já foram utilizados. A suspensão dos recursos do Moderfrota já era esperada pelo setor, que temia o esgotamento em pouco mais de dois meses de sua liberação devido à alta demanda por novas máquinas e equipamentos, apesar da redução de crédito rural e da alta dos juros.

A Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) chegou a solicitar R$ 32 bilhões ao governo federal quando da elaboração do Plano Safra 2022/23. No entanto, foram anunciados apenas R$ 10 bilhões. De lá para cá, alguns programas sofreram cortes pelo governo federal, incluindo o Moderfrota, para remanejamento ao Pronaf.

“Neste ano, o faturamento do setor deve crescer 7,5% real. É um número muito significativo, já que estamos com uma base de comparação muito alta depois do crescimento de 17% em 2020 e 42% em 2021”, pontua Pedro Estevão Bastos de Oliveira, presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas da Abimaq.

Apenas no primeiro semestre deste ano, as vendas de máquinas agrícolas, entre tratores e colheitadeiras, registraram um aumento de 32,9% na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo balanço da Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).

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