Usina aponta ganhos com colhedora de cana de duas linhas

Equipamento CH950 foi desenvolvido para sanar as necessidades dos agricultores como: aumento de rentabilidade e longevidade do canavial

A John Deere alcançou a marca de mais de 300 mil horas de trabalho da colhedora de cana CH950 – um projeto pioneiro para colheita de duas linhas simultâneas nos canaviais de espaçamentos simples de 1,4m ou 1,5m. A Usina São Manoel, uma das primeiras empresas a apostar no projeto, observou uma produtividade 7% maior em relação à uma mesma área colhida com máquinas de uma linha.

Além de ser a única colhedora do mercado que possui simultaneamente duas linhas de corte, a CH950 trabalha com a mesma velocidade das máquinas de uma linha, impactando diretamente na redução da mão-de-obra e consumo de combustível. “Os ganhos em eficiência e economia de combustível são notórios. O equipamento proporciona uma redução de consumo de combustível em torno de 30%, o que proporciona ao produtor maior economia e sustentabilidade”, afirma Rodrigo Junqueira, gerente divisional de negócios da John Deere.

A CH950 traz eficiência e números significativos, como quase o dobro da produtividade, 28% menos necessidade de tratores transbordos, 50% de redução de perdas por estilhaço (aproximadamente 3 toneladas por hectare), e 60% a menos em área compactada. Agronomicamente, a diminuição da compactação do solo já mostra benefícios na brotação e no desenvolvimento das soqueiras.

Benefícios da colhedora de cana de duas linhas

A Usina São Manoel fez uma análise da utilização da máquina, que se deu em duas etapas. Na primeira, qualitativa, o foco foi buscar os mesmos índices que a colhedora de cana de uma linha, até então utilizada pela companhia, o que de fato aconteceu. Na segunda fase, quantitativa, o objetivo foi no rendimento, no consumo de combustível e na logística interna.

No rendimento da CH950, a Usina São Manoel relata ter alcançado 1.800 t/máquina/dia em 2022. “Atualmente, com a CH950, atingimos por volta de 35% de rendimento maior que a colhedora de 1 linha, mas sabemos que ainda há muita margem a ser explorada. Por se tratar de um novo conceito de máquina, é imprescindível que buscar a melhoria em todos os nossos processos agrícolas, para que 2 acompanhem o desempenho da colhedora”, explica Murilo Gasparoto, gerente agrícola da Usina Açucareira São Manoel.

Também como reflexo desse movimento, a Usina São Manoel viu seu lucro em julho deste ano dobrar pela segunda safra consecutiva, obtendo resultado positivo de R$ 336,9 milhões em sua fase operacional, chegando a um desempenho líquido de R$ 207,29 milhões.

Tecnologia potencializando a decisão

A inovação é uma das prioridades da John Deere. Globalmente, a companhia investe US$ 6,7 milhões todos os dias em Pesquisa e Desenvolvimento, a fim de oferecer para o cliente as soluções mais avançadas em agricultura de precisão.  “A CH950, é um projeto sustentável, tanto do ponto de vista ambiental quanto financeiro, pensada para os agricultores. Desenvolvida para oferecer uma maior longevidade e produtividade do canavial, possui tecnologia e evolução desde os cortes de base, que copiam o solo de forma independente, até o sistema de limpeza, que proporciona uma limpeza mais eficiente com 50% de redução de perdas por estilhaços. Sermos parte desse desenvolvimento do campo é muito satisfatório, mas é só um dos muitos passos rumo ao avanço sustentável que damos”, comenta Junqueira.

O pós-venda é tão importante quanto a venda da máquina em si. A Terraverde, concessionário John Deere localizado no interior paulista e com matriz em Piracicaba (SP), possui um Centro de Soluções Conectadas (CSC), serviço remoto que busca atender às operações agrícolas dos clientes e parceiros que usam a base de dados colhida pelas próprias máquinas durante as operações para identificar oportunidades de redução de custos e otimização de equipamentos.

Com 42 Centros, o CSC é uma inovação que altera o modo de trabalhar do agricultor e prova disso é que, em 2021, mais de 85% dos atendimentos de serviços foram feitos ou iniciados de forma remota. Em média, essa abordagem remota/híbrida reduziu em 50% o tempo médio de atendimento/reparo. O custo médio dos serviços/assistência técnica, quando feitos ou iniciados de forma remota, ficam até 60% mais baratos para o produtor, pois gera economia de custos de deslocamento e, acima de tudo, reduz muito o tempo de máquina parada.

“O Centro de Soluções Conectadas (CSC) é o cérebro do nosso negócio. Ele nos permite monitorar as máquinas em uso no campo de cada cliente, que pode acessar a informação de sua máquina de forma remota, com agilidade em tempo real. Com o CSC, também fazemos constantemente estudos e análises para apresentar relatórios de ganhos em produtividade e rentabilidade aos produtores. Com isso, os auxiliamos a adotar as novas tecnologias já sabendo qual será seu impacto na produção”, explica Eduardo Cunali, CEO da Terraverde.

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