VBP da agropecuária deve encolher 4,1% em 2024

O Valor Bruto da Produção (VBP) da agropecuária deve atingir R$ 1,2 trilhão em 2024, valor 4,1% menor que o resultado do ano anterior, segundo informações da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). O VBP é o faturamento bruto dentro dos estabelecimentos rurais, considerando as produções agrícolas e pecuárias, com a média de preços recebidos pelos produtores de todo o país.

Para agricultura, a cultura de maior participação no VBP é a soja, que na projeção atual representa 37% do total. A quantidade produzida da oleaginosa deve registrar queda de 5% e o preço de 13,9%, com isso, projeta-se uma retração de 18,2% no VBP.

No caso do milho, também há previsão de queda na produção, de 14,5%, e no preço, de 6,8%. Dessa forma, é esperada uma retração de 20,4% no seu VBP. O trigo atualmente registra aumento na projeção do VBP em torno de 12,4%, em decorência do aumento de 17,7% da produção, apesar da projeção de queda dos preços em 4,6%. Nesse contexto, o VBP estimado da agricultura é de R$ 822,7 bilhões em 2024, representando redução de 4,5% em relação a 2023.

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Na pecuária, a bovinocultura de corte apresenta previsão de aumento na produção em 1,75%. A maior oferta vem pressionando os preços, que registram continuidade de queda, como ocorre desde 2023. Os preços devem registrar redução de 8,2% em 2024.

Com isso, o VBP da bovinocultura de corte está com projeção de queda de 6,6%. A pecuária leitera deve registrar aumento na produção em 1,2%, e redução de 4,0% nos preços. Dessa forma, projeta-se queda no VBP do leite de 10,3% no ano. A projeção para o VBP da pecuária em 2024 é de R$ 393,2 bilhões, queda de 3,2% na comparação com 2023.

Ressalte-se que houve impacto na produção e nos preços de algumas culturas consideradas para o cálculo do VBP produzidas no Rio Grande do Sul, que impactaram a estimativa atual.

Uma das maiores preocupações, segundo a CNA, foi sobre a produção de arroz em razão de o estado ser o maior produtor do País, responsável por cerca de 70% da produção nacional, mas estima-se que mais de 80% do cereal já havia sido colhido antes das enchentes que atingiram o estado. Mesmo frente às perdas, a produção nacional deve registrar crescimento de 5,19% no ano. Os preços registram alta, influenciados pelas dificuldades iniciais de logística a jusante da cadeia, mas devem se ajustar ao longo do ano.

 

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