Drones, aeronaves, nano satélites e robôs fazem cada vez mais parte da rotina do produtor rural. No último dia do 14º Congresso Brasileiro de Algodão, a plateia do evento pôde aprender mais sobre os desafios e oportunidades que as tecnologias emergentes estão trazendo para o campo em um workshop conduzido como um bate-papo descontraído e interativo com especialistas do Brasil e exterior.
Coordenador do workshop, o pesquisador da Embrapa Instrumentação, Lúcio André de Castro Jorge, forneceu uma visão geral de facilidades oferecidas pelas ferramentas para captura de dados no campo – e dos cuidados que os cotonicultores devem ter para utilizá-las.
“O produtor tem na palma da mão hoje uma grande quantidade de dados, mas para que estes dados possam ajudar a gente a tomar decisão, é preciso pensar no tratamento e escolher adequadamente os sensores”, alertou.
Na sequência, o engenheiro agrônomo Eugênio Schroder, da Rededrones, formada por empresas de prestação de serviço na área, focou em dicas práticas para o uso dos drones em atividades agrícolas. “Nos últimos anos, os drones evoluíram demais e os motivos para utilizá-los são vários: são equipamentos mais democráticos e ecléticos, muito precisos e que permitem dispensar a necessidade do trabalhador dentro do talhão tratado”, argumentou.
Fabricantes equilibram leis e demandas do mercado na produção de motores
Já Bruno Pavão, chefe de operações robóticas da Solinftec, traçou um panorama do desenvolvimento robótico voltado para o manejo do algodão. ”A plataforma robótica é só um instrumento de navegação e o principal objetivo de utilizá-la com Inteligência Artificial deve ser criar estratégia de manejo. O uso precisa ser operacionalmente viável, ter qualidade de resultados e análise de multicamadas, porque o bem mais valioso da tecnologia é a tomada de decisão”, defendeu.
Ao final, o diretor do Texas A&M AgriLife Research and Extension Center’s Weslaco and Corpus Christi, nos Estados Unidos, professor Juan Landivar falou sobre agricultura digital para gestão de culturas e previsões de produtividade. “Temos excelentes oportunidades, mas os desafios são grandes: a crescente disponibilidade de dados representa uma oportunidade enorme para aumentar a resiliência e a eficiência da produção agrícola numa escala inimaginável, mas o grande desafio é pensar criticamente esses dados e utilizá-los para fazer escolhas com sabedoria”, ressaltou o professor.
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