A desumidificação. O biogás é produzido somente a temperaturas >40 °C em relação ao ponto de saturação, com um conteúdo de vapor de água entre 35 e 100 g/m³N. Por causa das altas pressões de injeção dentro da câmera de combustão, esse vapor condensaria, favorecendo rápidas corrosões. Uma desumidificação eficaz melhora o poder calorífico do biogás e a sua combustão. Além disso, o resfriamento do biogás a um nível inferior à temperatura de condensação do vapor comporta uma substancial eliminação do H2S. Impulsionar a desumidificação a até quase 0 °C purifica o biogás com eficácia, de maneira a não poluir o óleo de lubrificação. Todavia, é suficiente chegar a 5 °C, para reduzir o conteúdo de umidade até 5 g/m³N. Na prática, o desumidificador é um trocador de calor seguido por um circuito refrigerador onde o fluido de resfriamento escorre graças a uma bomba específica. Obviamente, há sempre um dispositivo de descarga da condensação. Completam o aparelho o necessário abastecimento elétrico, além de uma linha de afastamento da condensação.
Os desumidificadores. O principal parâmetro do desumidificador para um dimensionamento correto é a capacidade, que não deve ser inferior ao consumo padrão do motor endotérmico. Indicativamente, é possível considerar valores a partir de 100-110 m³/h por CHP de 100 kW até 470-500 m³/h se a potência aumenta a 1 MW. Outros parâmetros são a potência elétrica, o tamanho e a massa do dispositivo, e o salto térmico que é capaz de garantir. A condensação gera quantidades de água não desprezíveis, para as quais é necessário providenciar acúmulo adequado ou prever um uso sucessivo, por exemplo, como matriz diluente dentro do digestor: parte-se de cerca de 5 l/h para fluxos de biogás de 100 m³/h e saltos térmicos de 30 °C, até em torno de 40 l/h para produções de 750 m³/h e uma diferença de temperatura entre entrada e saída de 37 °C.