Maior Produtividade

O uso da Meridia 200 ajudou produtor a contabilizar mais dias de plantio, graças às suas características que permitem o retorno ao campo em um período menor de tempo mesmo após chuvas

POR ADRIANA GAVAÇA

Em São Paulo, a largada para a abertura da janela de plantio de soja foi dada pela Secretaria da Agricultura do Estado no dia 16 de setembro, se estendendo até 31 de dezembro. Os produtores rurais, no entanto, sinalizam que o período ideal para concluir o plantio acontece, no máximo, até 5 de novembro, o que encolhe o calen-
dário para cerca de 50 dias. O período ideal para o plantio, de cada ano, no entanto, pode ser comprometido, dependendo das condições climáticas.

O excesso de chuvas registrado na região, logo no início da janela de semeadura em 2022, por exemplo, provocou atrasos na colheita dos cereais de inverno e, consequentemente, retardou a semeadura da oleaginosa, encurtando o período ideal para o plantio. Não por acaso, a fim de driblar problemas provocados pelo clima e aumentar ainda mais a produção, produtores rurais têm se rendido a novas tecnologias e maquinários.

Foi pensando nisso que o produtor Getúlio Yokotobi, proprietário da fazenda que leva seu nome, na região de Pilar do Sul, no interior de São Paulo, participou do projeto piloto de lançamento da Meridia 200, da Jacto, em 2020, em que três plantadeiras desse modelo foram alocadas em sua fazenda. De lá para cá, Yokotobi diz que já conseguiu contabilizar ganhos fi nanceiros com o equipamento, embora não consiga mensurar em números o impacto sobre o lucro. “Em situações de pós-chuva, percebemos que dá para ganhar algumas horas e até alguns dias em relação à entrada da máquina no campo.

Conseguimos antecipar essa entrada,em relação às máquinas que a gente tinha. Vamos supor: se chove hoje, amanhã as plantadeiras que tínhamos não conseguiam entrar no campo, o que agora eu consigo fazer com a Meridia 200”, explica.

O produtor diz que existe uma janela ideal de plantio e quanto mais dias se consegue plantar, dentro desse intervalo, maior será a produção. “Da soja, por exemplo, se tivermos 40, 50 dias, sabemos que não se planta em todos os dias desse período. A plantação, propriamente dita, ocorre entre 25 e 30 dias, não mais do que isso. A gente sabe que jamais se chega a 100% do intervalo, por questões climáticas. Se em 50 dias a gente ganhar de cinco a seis horas a cada chuva, teremos ao final do período um ganho de quatro a cinco dias a mais dentro da janela para o plantio. Tem esse ganho. Amplifica sua janela de plantio, com menos dias perdidos”, aponta.


Propriedade familiar

A propriedade de Yokotobi é reconhecida pelo cultivo de grãos, como soja, milho, feijão, trigo e aveia. Getúlio está à frente da administração desde 1993, quando o comando dos negócios passou das mãos de seu pai para as suas. “Hoje trabalhamos com a comercialização de cereais e venda de insumos e equipamentos”, conta.
Na produção agrícola são cerca de 30 funcionários, entre funções administrativas e no campo. 

Além das três plantadeiras Meridia 200 da Jacto, a empresa possui mais quatro plantadeiras, de outras marcas, voltadas para grãos graúdos, como milho, soja e feijão, e mais três máquinas para grãos miúdos, como o trigo e a aveia, de outras marcas. A fazenda ainda conta com dois pulverizadores da Jacto e com cerca de 20 tratores. Por ano, a produção na Yokotobi gira em torno de 100 mil sacas de soja, a mesma quantidade de milho e 10 mil sacas de feijão. A empresa ainda comercializa insumos e máquinas agrícolas, sendo distribuidores da Jacto desde 1998.

Sobre o projeto piloto, Yokotobidiz que a propriedade recebeu toda a assistência técnica da Jacto, que ficou responsável por enviar uma equipe de engenheiros a fim de treinar os funcionários da fazenda para o uso do equipamento, além de projetar o desenvolvimento da produção a partir do uso da nova plantadeira. O produtor conta que, até hoje, a empresa mantém contato próximo, sendo responsável por qualquer tipo de atualização ou recall que a máquina possa vir a ter. Por conta do projeto piloto, o produtor não comenta informações sobre preço e condições de pagamento do maquinário.

Atento às evoluções tecnológicas do mercado, Yokotobi não descarta a aquisição de novos equipamentos no futuro próximo. “Esse é um segmento em constante evolução. Acho que estamos precisando de máquinas com tecnologia que torne o transporte mais fácil, com fechamento hidráulico automático, o que nos faria ganhar tempo. A ideia é sempre essa: ganhar tempo e qualidade. 

Nas máquinas que temos hoje, o controle de sementes ainda é feito por engrenagens. Quem sabe no futuro não pensamos em um equipamento com controle de sementes e fertilizante automatizado, com desligamento linha a linha, que seja eficiente, em que as plataformas diferentes de tratores consigam fazer a leitura e que a questão de controle de profundidade seja melhorada? Tudo isso são melhorias constantes que a gente acha que vai surgir e que fará com que tenhamos que trocar as máquinas. Para depender cada vez de menos de erros pelo fator humano”, afirma.

Hoje a propriedade conta com máquinas com até 12 anos de uso. “São equipamentos que sabemos que não mudaram muito no mercado. O seu desempenho depende muito da manutenção, do capricho com que ela é feita. Agora, novas tecnologias vão surgir e esse tempo de troca vai se tornar cada vez menor. Acredito que teremos muitas melhorias e que, assim, dentro de um prazo de cinco anos, teremos que adquirir equipamentos com tecnologia melhor.”

 

Produtor rural Getúlio Yokotobi participou do projeto piloto de lançamento da Meridia 200

Novas tecnologias

É certo que o mercado de máquinas agrícolas caminha para a digitalização das atividades de gestão. Essa evolução tem por objetivo trazer maior precisão às operações, evitando desperdícios e impactos ambientais, e vai ao encontro das boas práticas recomendadas por especialistas.

O projeto da plantadeira Meridia200 da Jacto surgiu justamente dessaproposta. A palavra “meridia” provém do latim meridium, que quer dizer “luz do meio-dia”. Já o 200 é uma referência à potência necessária do trator para tracioná-la. O nome escolhido, conforme a marca, procurou traduzir uma tecnologia que busca relacionar máquina, sol e planta com robustez.

A Meridia 200 suporta 225 kg de fertilizante por linha e 75 kg de sementes por linha, totalizando 300 kg de insumos/linha. Está disponível no merca-do em modelos com 11, 13 e 15 linhas, e tem como benefícios melhor plantabilidade e fluxo de palha mais eficiente. Para tratores com potência de 145 cv a 225 cv, a Meridia 200 utiliza sistema pneumático à vácuo e dosadores de sementes Precision Planting. A máquina é focada em atender culturas de verão como soja, milho e algodão, entre outras, que são alguns dos focos de produção na fazenda Yokotobi.

Na questão de plantabilidade, além de a Meridia 200 contar com sistema Precision Planting, que permite um plantio sem falhas e com grande precisão, o centro de P&D da Jacto projetou um inédito sistema de pressão constante na linha de sementes, independentemente de sua posição no solo, que em conjunto com o chassi de três corpos articulados – com liberdade de articulação de até 25 graus –, permite que a plantadeira se adapte às ondulações do relevo, mantendo a força da linha sobre o solo constante e contribuindo para uma germinação mais uniforme e melhores resultados de colheita. A seleção e configuração da pressão desejada são executadas de forma simples e ágil, manualmente,e sem o auxílio de ferramentas, permitindo redução de tempo no ajuste das linhas.

A Meridia 200 foi desenvolvida com reservatórios de sementes e adubo com 300 litros de insumos por linha: uma das maiores capacidade de adubo do mercado. O modelo apresenta ainda maior autonomia eagilidade nos abastecimentos e, consequentemente, maior rendimento de área plantada por dia.

E, a fim de aumentar a disponibilidade da máquina para o trabalho, foi desenvolvido um sistema de ajuste das rodas de profundidade de sementes, sem necessidade de peças adicionais.

Esse sistema permite variar a posição das rodas em relação aos discos para configurar adequadamente as linhas de plantio, quando houver mudança nas condições do solo. Em um dia que chover, por exemplo, este ajuste fácil agiliza a reentrada da máquina no campo. Foi essa característica, inclusive, que produtor rural Yokotobi destacou como a que mais trouxe resultados fi nanceiros para a empresa.

A Meridia 200 promete ainda um fluxo de palha mais efi ciente, com opções de ajustes precisos que permitem plantar sobre grandes quantidades de palhada com o mínimo de embuchamentos. Uma importante característica, que contribui com este benefício, conforme divulgou em nota a empresa, é o maior vão livre em relação ao solo que, associado a estruturas mais estreitas, possibilita um melhor fl uxo de palha entre os elementos da máquina. Além disso, com um maior vão livre, é possível o uso de discos de corte que podem chegar a até 22 polegadas de diâmetro, com um posicionamento adequado para um excelente corte de palha e, ainda, a possibilidade de que o disco supere obstáculos sem danifi car a máquina, aumentando a sua vida útil.

A Meridia 200 também dispõe em todos os modelos de um sistema de monitoramento completo na distribuição das sementes. Sensores instalados nas linhas de plantio monitoram todo o fluxo de sementes linha a linha, informando ao operador se houve alguma falha na operação e quais das linhas precisam ser ajustadas. Além do
acompanhamento das linhas, a máquina também monitora o nível dos reservatórios e fornece informações de qualidade e produtividade no monitor, com visual diferenciado.

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