Estrutura e funcionamento. Trata-se de máquinas geralmente conduzidas pelo encaixe de três pontos e equipadas com rotor e grade de contraste a pentes (ou, em alternativa, um par de rotores) envoltos por um robusto carter de chapa de ferro apto a melhorar a esmagação dos torrões interceptados e evitar a sua projeção para fora, criando ao mesmo tempo uma correta estratificação da terra fina produzida.
A largura de trabalho dessas máquinas pode chegar a quase 8 m. Neste caso, a parte de transporte da estrutura da máquina é dobrável, ou constituída por 2 ou 3 elementos independentes, fixados numa barra portante de aço de seção quadrada, dobrável graças a cilindros hidráulicos.
A transmissão de movimento aos aparelhos operantes é realizada pela tomada de potência (tdp) do trator, de geralmente 1.000 rotações por minuto (rpm), mediante o eixo cardan principal numa caixa de transferência, e, depois desta, por meio de transmissões, sempre do tipo cardan, às caixas de engrenagens de cada elemento. O rotor principal, que gira em direção oposta ao avanço, possui lâminas que assumem conformação variada de acordo com o tipo de terreno e o grau de refinamento desejado. A forma em L desenvolve uma ação muito eficaz, mas é sempre contraindicada em terrenos plásticos e tenazes, já que cria uma consistente sola de preparação devido à ampla superfície de contato do utensílio com o solo. Ao contrário, se a lâmina está apenas levemente encurvada, a superfície em contato é menor, resolvendo parcialmente o problema. Já a grade a pentes age como uma peneira: o material terroso cai no sulco criado pelas lâminas do rotor e é recoberto pela terra fina, para formar uma camada macia e bem esmigalhada. No lugar da grade a pentes, alguns modelos vêm montados com um segundo rotor de dimensões menores, que, girando no sentido contrário ao primeiro, intercepta os torrões, rompendo-os e deixando cair no sulco as pedras, que depois são cobertas com terra fina. Ao mesmo tempo, rolos niveladores traseiros (em ponto morto ou de acionamento hidráulico) lisos, com gaiola ou de outra conformação criam as fileiras. Os rolos possuem seção cônica em ambos os lados, para formar um canteiro mais compacto nas suas extremidades, evitando desmoronamentos em caso de fortes precipitações atmosféricas, e garantir drenos de adequada seção para um escoamento eficaz da água da chuva.
Para a naturalidade da preparação realizada, tais máquinas contam com transmissões do movimento especialmente robustas, baseadas em engrenagens ou pinhões em banho de óleo. Obviamente, também é sempre instalada uma embreagem de segurança (integrada em uma das extremidades do eixo cardan) capaz de desligar temporariamente o movimento dos utensílios se esses encontram uma resistência além de um limite prefixado. A velocidade típica de trabalho é baixa, de 2-3 km/h; trata-se de equipamentos que no geral requerem uma potência específica de 35-45 CV/m (25-33 kW/m) de largura de trabalho.