As apostas das empresas. A Valmont, empresa com atuação mundial e nacional no mercado de irrigação, com sede em Uberaba (MG), sempre investiu em pesquisa e inovação. Recentemente, apresentou ao mercado o Valley Corner. O produto, que promete ser revolucionário, tem grande potencial para maximizar o uso do solo na propriedade rural, irrigando áreas antes inatingíveis. Carlos Reiz, gerente comercial da Valmont no Brasil, garante que a Valley internacional domina a tecnologia do Corner desde 1974, e finalmente a companhia conseguiu trazer ao produtor brasileiro a possibilidade de ampliar os campos irrigados, sem precisar investir em novas terras ou em outras formas de irrigação. “Não importa com qual cultura ele trabalha, o Valley Corner irriga as porções de solo que antes ficavam fora do círculo do pivot, aumentando a produção total e potencializando a rentabilidade, sem precisar investir em aquisição de novas terras ou em outras formas de irrigação.”
Com um braço articulado, o equipamento possibilita a irrigação de campos quadrados, com obstáculos e com formas diversificadas com precisão. O engenheiro agrônomo Vinícius Melo explica que todo o sistema é guiado por GPS e tem válvulas de controle de vasão. Segundo ele, o setor está aquecido e hoje há no mercado inúmeras tecnologias disponíveis para o produtor. “O que oferecemos atualmente são produtos que vão desde sistemas automáticos, envolvendo a telemetria, até a agricultura de precisão”, afirma.
Quanto às condições de preços, ele acentua que os valores estão cada vez mais acessíveis. “Ao contabilizar o gasto, o produtor verá que o incremento da cultura foi maior do que o custo que ele teve com a tecnologia. E, com a entrada de novos equipamentos no mercado, os produtos se tornam mais acessíveis”, diz.
Outra tecnologia já disponível é oferecida pela Netafim, multinacional israelense que detém 40% do mercado de irrigação localizada, dedicando-se à microaspersão e ao gotejamento. A empresa é especializada em nutrirrigação, que consiste em um sistema de gotejamento com o diferencial de ter um equipamento extra na cabeça de controle, que orienta a irrigação, pingando água e nutrientes em conjunto, em doses homeopáticas e eficientes. “Uma aplicação pontual dessas substâncias, com menos quantidade e mais frequência, torna- se menos salina, o que facilita a absorção pelo vegetal”, explica o agrônomo da Netafim, Carlos Sanches.
A empresa é muito presente nos campos de café, cana-de-açúcar e citrus. No caso da cana-de-açúcar, o maior projeto é da Usina Seresta, uma das 27 instaladas no Estado de Alagoas. São 1.500 hectares de plantação com irrigação localizada por gotejamento subterrâneo. Hoje, graças à tecnologia, eles conseguiram atingir alta produtividade, mesmo no município de Teotônio Vilela (AL), situado no limite de área da zona do agreste e que nos últimos anos vem sofrendo com a escassez de chuvas.