Produtor melhora o aproveitamento do feijão com plataforma da Colombo/Miac

Plataforma Winflex Draper CW foi projetada para auxiliar no aumento da eficiência do sistema mecanizado de colheita do feijão

por Gustavo Paes – A maior parte do desperdício de grãos de feijão ocorre no momento da colheita e pode afetar a produtividade em mais de 10%, conforme estimativa feita pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em parceria com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o Ministério da Agricultura (Mapa).

Para alcançar a produtividade desejada e uma boa margem de lucro, o produtor rural precisa ter um cuidado maior com a colheita de feijão, considerado um momento crítico do processo produtivo. Por isso, a adoção de diversos procedimentos nesta etapa é importante para conseguir uma boa produtividade, com baixo percentual de perdas de grãos.

Culturas e tecnologias: as máquinas utilizadas do plantio à colheita do algodão

Muitos produtores de feijão optam pela colheita mecanizada para agilizar essa etapa, reduzir as falhas e padronizar os processos. E, por isso, precisam contar com a máquina agrícola certa para a operação. Como ocorre em muitas culturas, com uma única máquina, o agricultor consegue colher e destinar o produto ao lugar certo e isso reduz muito os custos com a lavoura, que já são altos.

O produtor rural Diogo Augusto adquiriu a plataforma Plataforma Winflex Draper CW da Colombo/Miac para utilizar na Fazenda Nova Ebenézer, situada no município de Mossâmedes, em Goiás. A área total da propriedade, que fica próximo à cidade de Goiás e Itabiraí, é de aproximadamente 1,6 mil hectares, 675 deles com irrigação. No entanto, somando a área das outras fazendas, a agropecuária conta hoje com 2,2 mil hectares de área irrigada, que são destinados ao cultivo de feijão na terceira safra.

Augusto admite que o carro-chefe da propriedade é a soja, mas destaca que o feijão na terceira safra não fica menos importante no sistema. “Soma muito bem aos produtos produzidos pela fazenda, ajuda na receita e engloba vários benefícios ao processo”, afirma. Na safra 2021/2022, eles colheram cerca de 80 mil sacos de feijão.

O agricultor conta que decidiu pela máquina da Colombo/Miac devido à qualidade que esse tipo de plataforma possibilita na colheita do feijão. Ele explica que, dependendo da maneira como o feijão se encontra na lavoura após a maturação, se ele deitar muito, a colheita com colheitadeiras axiais tradicionais fica praticamente inviável, porque ela desperdiça muito feijão no chão. “A aquisição da plataforma Winflex foi pela necessidade de melhor aproveitamento dos nossos grãos”, salienta. A colheita na agropecuária goiana começou nos primeiros dias de agosto.

Setor avança rumo a uma agricultura mais sustentável

Os diferenciais da plataforma, na avaliação de Augusto, são a capacidade de colher bem rente ao chão, cortando todas as plantas de feijão sem haver desperdício. “Outra vantagem é o aproveitamento do tempo, pois a gente consegue fazer a colheita com as vagens em maturação. Com isso, a gente evita a quebra da vagem muito seca”, explica.

Para menor desperdício de grãos

A Colombo/Miac, de Pindorama (SP), apresentou, durante a Agrishow 2022, em Ribeirão Preto (SP), a plataforma Winflex Draper, para o corte e enleiramento do feijão. As opções de medidas são de 20 pés e de 33 pés, para atender ao perfil de cada produtor rural.

O modelo traz em sua nova estrutura um sistema de alimentação composto por molinete, com dedos retráteis, que permitem o recolhimento do feijão, seja nas condições mais adversas ou nas variedades onde a rama do feijão fica mais rente ao solo. Os novos dedos, aliados à geometria do molinete, garantem um maior fluxo para a esteira de borracha.

Uma reflexão sobre os aspectos gerais da mecanização dos algodoais

A esteira tipo draper é resistente, principalmente a rasgos, e suporta alta tração, o que garante uma maior vida útil ao sistema. O ganho chega a 30%. “Além disso, a esteira permite uma maior alimentação formando uma leira cada vez mais uniforme, o que favorece o recolhimento do feijão de uma forma indireta”, salienta o supervisor de Marketing da Colombo/Miac, Leonardo Lopes.

A Winflex CW 20 produz uma leira central, e a CW 33, duas leiras laterais de feijão, que podem ser recolhidas/trilhadas em uma só operação com a recolhedora Twin Master, aumentando a capacidade de trabalho do conjunto.

Projetada especificamente para o feijão, a barra de corte é independente da esteira da máquina, o que permite uma maior estabilidade da plataforma, que acompanha o microrelevo do solo. Outro ponto que garante a qualidade dos grãos colhidos é o sensoriamento e automação da plataforma, que é dotada de sensores que mantêm o corte sempre mais rente ao solo.

A interface entre a plataforma e a colhedora é realizada por meio de multiacoplamento, o que proporciona para a Winflex agilidade para o início da colheita. O equipamento conta com o que há de melhor em cardã e caixa de transmissão para plataforma de colheita. Isso garante ao produto maior robustez e performance 40% maior.

A Colombo/Miac destaca que a plataforma Winflex Draper CW foi projetada para atender às necessidades dos clientes, visando aumentar a eficiência em seu sistema mecanizado de colheita do feijão, com a introdução de uma série de inovações e destaque do produto. Para garantir a colheita do feijão, onde não haja interrupções no cronograma do trabalho e ainda aumentar a rentabilidade na hora da comercialização, valorizando os aspectos comerciais do grão. 

Fundada há mais de 50 anos, a Colombo/Miac desenvolve máquinas para a colheita mecanizada de grãos e começou trabalhando com o amendoim e depois com o feijão. “Está no nosso DNA a busca pela qualidade e excelência do grão do feijão”, conclui Lopes.

 

ASSINE MÁQUINAS E INOVAÇÕES AGRÍCOLAS – A PARTIR DE R$ 6,90

➜ Siga a Máquinas & Inovações Agrícolas no Instagram e no Linkedin!

Related posts

Lavouras de soja devem ser abandonadas no Rio Grande do Sul

Fenotipagem de plantas: desafios de uma moderna agricultura

Especialistas comentam sobre o surgimento da mecanização tropical