A finalização com um recipiente para o carregamento das pedras representou uma evolução lógica desses meios. Nos primeiros modelos, as lâminas eram modeladas de maneira a acumular as pedras em seu interior. Quando a capacidade máxima era atingida, o operador deveria ir até o local de descarregamento e virá-la no chão. Em alguns casos, graças a armações mais complexas, era possível alcançar alturas de descarga a ponto de permitir o depósito no plano de carga de reboques ou caminhões.
Já os modelos mais modernos possuem caixote duplo: o primeiro, a grade, faz a retirada das pedras e as acumula temporariamente; quando o limite de armazenagem é atingido, um par de cilindros hidráulicos reverte um caixote em outro de chapa de ferro (de adequada espessura para suportar os choques), o qual amplia a capacidade de carga do equipamento. Esse segundo caixote também pode ser de viragem direta ou levantada.
As lâminas despedregadoras, eventualmente equipadas com pequenas caixas, são equipamentos conduzidos, atados ao encaixe de três pontos ou ao suporte da lâmina dianteira nas lagartas, enquanto os modelos de grande porte e com tanques de volumetrias importantes são rebocados. Trata- -se, em todo o caso, de equipamentos que devem trabalhar a impulso ou a arranque e que requerem grandes esforços. Além disso, operam com eficiência apenas em terreno já trabalhado, revelando notáveis dificuldades de penetração em solo compacto.
Sendo assim, foram desenvolvidos equipamentos mais complexos, capazes de remover e peneirar a terra compactada. Trata- se de “recolhedores de pedras com pick-up”: na prática, uma estrutura muito robusta aloja no seu interior um rotor com dentes que, girando, move a terra e a transporta para uma lâmina a grade, onde é peneirada. Sempre graças ao pick-up, as pedras recolhidas são encaminhadas para o caixote munido de viragem hidráulica. Levando- se em conta as difíceis condições operacionais, esses equipamentos precisam ser robustos a ponto de suportar choques violentos causados pelo impacto dos aparelhos funcionais com o solo compacto e as pedras contidas nele. Da mesma maneira, os caixotes são fabricados com chapas de conveniente espessura, capazes de suportar sem danos a queda de pedras de massa significativa.
Embora o trabalho seja extremo, as potências envolvidas não são particularmente altas: máquinas com largura de trabalho de 1,5-1,6 metro podem ser acopladas a tratores de a partir de 70-90 CV a até 100-110 CV, quando são montados caixotes de capacidade maior. A potência depende também do tamanho médio do material encontrado no solo: a remoção de pedras pequenas não requer motrizes de alta capacidade, enquanto pedras bem pesadas podem ser minadas apenas com lâminas despedregadoras ligadas a lagartas de alta capacidade de tração.