Um grupo de bomba a motor (ou uma bomba centrífuga acionada pela tdp do trator) providencia a imissão em pressão (de até 10 bar) da água nas mangueiras. Um compressor, que pode ser acionado pela tdp do trator, realiza o esvaziamento da mangueira.
A característica principal do irrigador a carretel é a mobilidade, tanto em relação ao transporte de um local ao outro – graças ao carrinho rebocado pelo trator –, quanto à rotação do carretel. Na prática, o carro base que sustenta o carretel é colocado na borda do campo, enquanto o irrigador ou a barra irrigadora montados em um carrinho de duas ou quatro rodas dispostas paralelamente são rebocados com um trator na extremidade oposta, desenrolando, assim, a mangueira. Durante a irrigação, ela é enrolada novamente no carretel, e o carrinho no qual está fixado o jato (ou a barra irrigadora) é arrastado para irrigar o lote.
Desenvolvimentos tecnológicos. Normalmente, a velocidade de enrolamento da mangueira (entre 20-150 m/h) é definida por um painel eletrônico, que regula a velocidade. Além disso, o painel gerencia a programação e controla a irrigação. Em certos casos, por telefone celular e conexão à internet é possível gerenciar à distância o seu funcionamento.
O material de fabricação da mangueira tem grande importância na tração que deve suportar. Comumente, as mangueiras são de polietileno, com diâmetro externo variável entre 120 e 160 mm e comprimentos entre 450 e 700 m. Para manter mais ou menos constante o esforço de re-enrolamento da mangueira, ao se aumentar os diâmetros diminuem os comprimentos admissíveis. Os carretéis podem ser usados também para fertilização e a distribuição de estrumes e da fração líquida do material digerido.
Para o reboque e o acionamento, os modelos profissionais de irrigadores a carretel requerem acoplamento a tratores de pelo menos 80 CV (59 kW) munidos de tdp de 540 rotações/ min. No caso daqueles equipados com bomba a motor autônoma, possuem motores a diesel de pelo menos 150 CV (110 kW).