O que fizeram as agtechs para crescer durante a pandemia?

Mauricio Varela*

Os efeitos da pandemia do novo coronavírus foram devastadores na economia de países do mundo inteiro. No Brasil, não foi diferente e o valor da conta chegou. Segundo dados do IBGE recém divulgados, o Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre no País retrocedeu 9,7%, indicando uma nova recessão econômica. Contudo, nem tudo no meio dessa pandemia foi desastroso e a notícia boa vem do campo. De acordo o mesmo levantamento do IBGE, o agronegócio foi o único entre os setores relevantes da economia que saiu ileso e registrou crescimento entre abril, maio e junho deste ano. O PIB das atividades rurais avançou 0,4% no período.

E para a atual safra, as previsões seguem otimistas. Segundo estudo da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), as duas principais commodities (soja e milho) devem registrar recordes de produção neste ano-safra 2020/21, com 113 milhões de toneladas do cereal e 133,5 milhões de toneladas da oleaginosa – aumento respectivo de 12% e 7,3% em relação a 2019/20.

Muitos destes resultados se atribuem principalmente ao esforço e dedicação das empresas do setor que a cada ano ampliam seus investimentos em tecnologia e inovação. Mas, investir em um momento de crise não é para qualquer um, afinal é algo complexo e de extremo risco. No caso da SIMA – Sistema Integrado de Monitoramento Agrícola, uma agtech especialista em monitoramento, coleta, armazenamento e análise de dados, assumir o risco foi calculado. Mesmo com a pandemia, a empresa manteve o contato ativo e a presença em campo juntamente aos clientes e parceiros, e com isso notou-se que o risco valeria a pena já que foram identificadas excelentes oportunidades à vista. E a estratégia deu certo!

Isso porque foi observado o aumento expressivo de lançamento de informações em campo na plataforma da empresa. Quando comparado, por exemplo, o período de janeiro a agosto de 2019 com janeiro a agosto de 2020, houve incremento de cerca de 220%. Um crescimento muito acentuado. Além disso, a expectativa é que essa tendência seja ainda mais significativa e se intensifique nos próximos meses com o início da safra de soja tanto no Brasil quanto na Argentina.

Como crescer na crise?

Essa é a pergunta que certamente todo empreendedor e empresário deve estar se fazendo neste exato momento. É difícil falar que existe uma fórmula padrão, mas a notícia boa é que algumas coisas podem ajudar a resolver essa difícil equação.

Um dos segredos é sempre ter no planejamento os mais diversos cenários que podem se enfrentar e como seria o comportamento da empresa em cada um deles. Essa etapa de planejamento, análise de mercado, riscos e oportunidades é crucial para que mesmo em meio à crise, se tome as decisões corretas e ainda investir.

Além disso, são investimentos gradativos que vão sendo realizados à medida que os negócios vão surgindo. Em resumo, uma vez planejados os cenários e as implicações que cada um deles trariam, é direcionado o esforço para se atingir certos objetivos mais em curtos prazos, que quando alcançados, sejam “liberados” para uma segunda fase, e assim por diante. Assim já devem estar planejadas todas as novas contratações e investimentos em marketing e produtos.

Com esse posicionamento e estratégia, a SIMA se adaptou a crescer em mercados com economia fragilizada e poucos recursos, e se expandiu para diversos países da América latina. Atualmente já está consolidada na Argentina, Colômbia, México, Paraguai, Equador, Venezuela, Uruguai, Nicarágua e Bolívia.

Agora, a pouco menos de um ano de atuação no Brasil, a empresa reafirma seu planejamento e aposta na força do agronegócio brasileiro e tem a meta de até 2021 atingir um volume de 3 milhões de hectares somente no País. Para atingir a meta a agtech ampliou em mais de 50% sua equipe sediada no País para atender e levar suas soluções aos produtores.

O que esperar para 2021?

A expectativa geral é que no próximo ano os cientistas, médicos e estudiosos consigam achar a vacina para o coronavírus e possa assim imunizar a população mundial. Na área política no Brasil espera-se que os novos prefeitos, vice-prefeitos e vereadores possam manter o trabalho onde tudo anda bem e que possam melhorar onde se faz necessário. Já a agricultura brasileira se prepara para mais uma safra recorde de grãos e a SIMA espera acompanhar esse ritmo ampliando a sua presença nas mais diversas regiões produtivas do Brasil.

*Mauricio Varela é co-founder e country manager Brasil e América Latina da Sima

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