Funcionamento e estrutura. O elemento fundamental é o conjunto biela manivela, que providencia o movimento retilíneo alternativo do pistão que comprime a forragem; um pêndulo de massa elevado tem a tarefa de acumular energia cinética na fase ativa do ciclo, cedendo- a quando o pistão, no final da rotação, atinge o ponto morto para mudar a direção do seu movimento. Tudo isso em benefício da regularidade do movimento rotatório da tomada de potência (tdp), que também precisa acionar outros aparelhos da enfardadeira (o pick-up, as forquilhas de alimentação etc.). Para impedir que a grande quantidade de energia acumulada pelo pêndulo possa provocar deformações ou rupturas ao terminal da tdp do trator, em caso de entupimento ou de bloqueio dos mecanismos de movimento sempre é instalado um dispositivo de segurança, geralmente de roda livre, que é capaz de transmitir o movimento da máquina ao operador, mas não ao contrário.
Em uma estrutura de perfilados metálicos e chapa, munida de pneus e um timão para acoplar ao gancho de reboque do trator, estão colocados os conjuntos de coleta, de alimentação e de prensagem-ligadura, todos movidos pela tdp mediante um eixo cardan.
Tradicionalmente, a estrutura dessas máquinas prevê que a câmera de compressão esteja disposta lateralmente em relação aos conjuntos coletor e alimentador; em alternativa, alguns modelos vêm, ao invés disso, com a sua disposição alinhada.
A interceptação da forragem em processo de feno em fileira é realizada com um pick-up de cilindro rotativo munido de dentes com hastes de aço para molas, que encaminha o produto a um dispositivo com forquilhas de movimento alternado, disposto transversalmente na direção da marcha.
Além de dispor, às vezes, de rodinhas para seguir fielmente o perfil do terreno, a altura do solo do pick-up é regulada mecanicamente graças a alavancas ou cilindros hidráulicos específicos. Portanto, o feno é mandado pelas forquilhas à câmera de compressão (geralmente com seção padronizada de 36×46 cm), onde uma lâmina de aço temperado providencia a dissecação da massa de produto introduzida, enquanto um pistão comprime o produto com movimento retilíneo alternado, com frequência de 60 a 100 batidas/min.
Quando o fardo é formado, são liberadas duas agulhas de retenção do fio colocadas na parte de baixo da câmera, que envolvem a massa prensada e conduzem os barbantes para os atadores. A ligadura é, na verdade, feita com dois barbantes paralelos (geralmente de nylon, raramente de fio de ferro), ligados por dois atadores situados na parte de cima da câmera de compressão. Cada atador é formado por dois dedos de aço dispostos a bico de pato, que, girando sobre um pino, envolvem em anel o barbante. Quando chega aos 3/4 do giro, o atador abre os dedos agarrando as pontas do barbante, que são enfiadas no anel, completando assim o nó.
A expulsão da massa prensada da câmera ocorre pela chegada de novo produto que, comprimido pelo pistão, naturalmente providencia a expulsão dos fardos já formados e atados, enquanto uma roda metálica dentada específica, colocada em cima do túnel de saída, facilita o seu escorrimento para fora.
O comprimento do fardo é prefixado agindo na frequência de intervenção do atador; já o grau de compressão do produto é dado pela amplitude da seção terminal do canal de compressão, variável mediante específicas manivelas de registro.
As enfardadeiras tradicionais requerem, no geral, o acoplamento a tratores de pelo menos 30-35 CV (22-26 kW). Sua relação preço/qualidade é, na maioria das vezes, muito boa, dado que se trata de máquinas baseadas em uma tecnologia bem testada e confiável.
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