No atual Plano Safra 2022/23, o desembolso do crédito rural ultrapassou a marca de R$ 290,43 bilhões de julho/2022 até abril/2023. Deste valor, R$ 171,74 bilhões foram destinados aos financiamentos de custeio, enquanto mais de R$ 78 bilhões foram investidos em linhas de investimentos. Além disso, as operações de comercialização atingiram R$ 26,8 bilhões e as de industrialização, R$ 13,8 bilhões.
De acordo com a análise da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), foram realizados 1.591.366 contratos no período de dez meses, sendo 1.154.635 no Pronaf e 174.517 no Pronamp.
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No que diz respeito ao Pronaf e Pronamp, os pequenos e médios produtores contrataram, respectivamente, R$ 45,7 bilhões e R$ 41,4 bilhões em todas as finalidades, incluindo custeio, investimento, comercialização e industrialização. Além disso, os demais produtores formalizaram 262.214 contratos, totalizando R$ 203 bilhões em financiamentos obtidos por meio de instituições financeiras.
O Programa ABC+ recebeu a maior aplicação, R$ 3,6 bilhões, entre os programas prioritários de financiamento agropecuário. Em seguida, os programas de construção de armazém, inovação e apoio aos médios produtores rurais foram contratados em torno de R$ 2,0 bilhões.
Em relação às fontes de recursos do crédito rural, a participação dos recursos obrigatórios, no total das contratações, foi de R$ 67,4 bilhões, e a de recursos da poupança rural controlada manteve os R$ 53 bilhões. As duas fontes somam 41% do total do crédito rural.
Os recursos não controlados tiveram uma demanda total de R$ 123 bilhões, sendo que a Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) se destacou com R$ 72,3 bilhões, o que representa 25% de todos os financiamentos.
Na distribuição dos financiamentos do Plano Safra, a região Sul se destaca com R$ 95,2 bilhões. O estado do Rio Grande do Sul lidera as contratações na região, com 44% do total, seguido pelo Paraná, com 41%.
O Centro-Oeste aparece em segundo lugar no desempenho do crédito, com R$ 79,8 bilhões, sendo que Mato Grosso e Goiás respondem por 74% das contratações da região.
“No ritmo que as contratações estão ocorrendo, pode-se afirmar que o volume total de recursos programados para o atual plano safra, que se encerra em 30 de junho, serão plenamente alcançados”, ressaltou o diretor adjunto substituto de Política Agrícola, Wilson Vaz de Araújo.
Liberação de recursos
No atual governo, de janeiro a abril, foram liberados R$ 78,9 bilhões de crédito rural, que representa 9% a mais do aplicado no mesmo período do ano passado, em todas as finalidades do crédito rural (custeio, investimento, comercialização e industrialização).
Nos quatro primeiros meses do ano, o custeio totalizou quase R$ 44 bilhões, os financiamentos em investimentos alcançaram R$ 18,5 bilhões, a comercialização somou R$ 13 bilhões e a industrialização, R$ 3,4 bilhões.
Os valores apresentados são provisórios e foram extraídos no dia 4 deste mês, do Sistema de Operações do Crédito Rural e do Proagro (Sicor/BCB), que registra as operações de crédito informadas pelas instituições financeiras autorizadas a operar em crédito rural.
Dependendo da data de consulta no Sicor ou no Painel Temático de Crédito Rural do Observatório da Agropecuária Brasileira, podem ser observadas variações dos dados disponibilizados ao longo dos trinta dias seguintes ao último mês do período considerado.
