Rendas versus competitividade. Na primeira etapa, a fábrica brasileira receberá um aporte de US$ 30 milhões de dólares. Os recursos serão destinados para viabilizar uma linha de produção capaz de produzir 5 mil tratores por ano, operando com 100 funcionários. Segundo estimativas da empresa, somados aos empregos indiretos que serão gerados, esse número sobe para 1.100 postos de trabalho.
Do portfólio de produtos da marca, cinco modelos – na faixa de potência que vai de 25 cv até 100 cv – foram selecionados para a “estreia” da marca em solo tupiniquim. Os modelos produzidos em Guaruva terão versões simples e com itens de conforto, como cabines, por exemplo. “Esse é o perfil de 70% dos tratores comercializados no Brasil”, afirmou André Rorato, diretor comercial da empresa.
Tanto quanto a escolha pelo volume, a LS Tractor também foi criteriosa na seleção dos mercados-alvo. Nos primeiros anos, atuará somente em Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e São Paulo. “Nesses estados estão uma parcela expressiva do perfil de usuários que desejamos atingir: pequenos proprietários rurais e agricultores familiares”, justificou James Yoo, presidente da empresa no Brasil.
Com a promessa de montar uma estrutura sólida e ampla para atender seus clientes, o diretor adiantou que toda a infraestrutura necessária já está bem adiantada para comercializar os tratores da marca. “Os primeiros distribuidores escolhidos têm cerca de 20 anos de atuação no setor”, garante. De acordo com o planejamento traçado, ainda este ano a marca inaugura 18 revendas – resultado de parcerias já fechadas com 14 empresários. “Até o final de 2014, a meta é alcançar 32 pontos de distribuição”, calculou.
Rorato reconhece que no primeiro ano pode não atingir a capacidade máxima de produção, estimada em 5 mil tratores. “O processo de crescimento será gradativo. Em 2013 serão produzidas 700 unidades”, estimou. Para colocar a marca LS Tractor, contudo, em iguais condições de disputa com as demais operantes no Brasil (inclusive beneficiada pelos programas governamentais com juros reduzidos ou subsidiados), a fabricante tem o objetivo de iniciar as operações com índice de 65% de nacionalização. Um dos grandes fornecedores brasileiros será a MWM, responsável pelos motores dos modelos com potência acima de 60 cv. A ZF fornecerá os eixos dianteiros tracionados para os tratores da marca. Já o câmbio, outro item de alta tecnologia, será importado.