Moagem de cana alcança 619,3 milhões na safra 2023/24, aponta Unica

Resultado é 16% maior do que o registrado no mesmo período da safra 2022/23

Moagem de cana alcança 619,3 milhões na safra 2023/24, aponta UnicaA moagem de cana-de-açúcar na segunda quinzena de novembro registrou crescimento de 46,14%, na comparação com o mesmo período do ciclo passado. Foram processadas 23,90 milhões de toneladas contra 16,36 milhões. No acumulado da safra 23/24, a moagem de cana atingiu 619,26 milhões, ante 534,14 milhões de toneladas registradas no mesmo período no ciclo 22/23 – avanço de 15,94%. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (12), pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica).

Operaram na segunda quinzena de novembro 218 unidades produtoras na região Centro-Sul, sendo 201 unidades com processamento de cana, oito empresas que fabricam etanol a partir do milho e nove usinas flex. No mesmo período, na safra 22/23, operaram 141 unidades produtoras.

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Nesta quinzena, 30 unidades encerram a moagem de cana, enquanto no acumulado já se contabilizam 78 unidades. No ciclo anterior, até 30 de novembro, 178 usinas haviam terminado com seu período de processamento. Para a próxima quinzena, está previsto que mais 98 unidades produtoras encerarão a safra.

No que condiz à qualidade da matéria-prima, o nível de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) registrado na segunda quinzena de novembro foi de 132,07 kg por tonelada de cana-de-açúcar, contra 139,60 kg por tonelada na safra 22/23 – variação negativa de 5,40%. No acumulado da safra, o indicador marca o valor de 140,25 kg de ATR por tonelada (-0,61%).

Produção de açúcar e etanol

A produção de açúcar na segunda metade de novembro totalizou 1,40 milhão de toneladas. Essa quantidade, quando comparada àquela registrada na safra 22/23 de 1,04 milhão de toneladas, representa aumento de 35,03%. No acumulado desde 1º de abril, a fabricação do adoçante totaliza 40,82 milhões de toneladas, contra 33,05 milhões de toneladas do ciclo anterior (+23,50%).

A despeito do aumento, o mix produtivo na quinzena privilegiou a produção de etanol frente ao adoçante. Esse movimento é comum nesta etapa da safra, quando a qualidade da matéria-prima se deteriora e o ATR passa a ser composto por uma maior quantidade de açúcares redutores, que impedem a fabricação do açúcar.

Na segunda quinzena de novembro, 1,25 bilhão de litros (+39,91%) de etanol foram fabricados pelas unidades do Centro-Sul. Do volume total produzido, o etanol hidratado alcançou 778,19 milhões de litros (+98,55%), enquanto a produção de etanol anidro totalizou 469,52 milhões de litros (-6,07%).

No acumulado desde o início do atual ciclo agrícola até 1º de dezembro, a fabricação do biocombustível totaliza 29,85 bilhões de litros (+11,87%), sendo 17,71 bilhões de etanol hidratado (+14,74%) e 12,14 bilhões de anidro (+7,94%).

Da produção total de etanol registrada na segunda quinzena de novembro, 21% foram provenientes do milho, cuja produção foi de 257,75 milhões de litros neste ano, contra 196,81 milhões de litros no mesmo período do ciclo 22/23 – aumento de 30,97%. No acumulado desde o início da safra, a produção de etanol de milho atingiu 4,05 bilhões de litros – avanço de 41,98% na comparação com igual período do ano passado.

Vendas de etanol

No mês de novembro, as vendas de etanol totalizaram 2,82 bilhões de litros, o que representa aumento de 16,13% em relação ao mesmo período da safra 22/23. O volume comercializado de etanol anidro no período foi de 1,11 bilhão de litros – aumento de 0,94% – enquanto o etanol hidratado registrou venda de 1,72 bilhão de litros – crescimento de 28,61%.

No mercado doméstico, as vendas de etanol hidratado em novembro totalizaram 1,59 bilhão de litros – variação de 27,21% em relação ao ano passado. Desde agosto, quando o biocombustível passou a ganhar competitividade mais intensamente nas bombas, o crescimento médio em relação ao ano anterior foi de expressivos 22,17%.

Tal movimento deve permanecer inerte uma vez que os dados de preços de revenda publicados pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para a semana que se encerrou em 09/12 indicam que nas cidades correspondentes a 61% do consumo nacional de combustíveis, o etanol hidratado tem apresentado paridades atrativas. No estado de São Paulo esse percentual atinge 100% do consumo.

A respeito das vendas de etanol anidro, o volume comercializado foi de 938,96 milhões de litros, o que representa uma variação negativa de 1,86%. Vale mencionar que um volume de exportações robusto contribuiu para o resultado do mês, o qual totalizou 291,07 milhões de litros, que representa um aumento de 31,29%.

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No acumulado da safra 23/24, a comercialização de etanol soma 21,04 bilhões de litros, representando um aumento de 5,79%. O hidratado compreende uma venda no volume de 12,40 bilhões de litros (+7,32%), enquanto o anidro de 8,64 bilhões (+3,67%).

Mercado de CBios

Dados da B3 registrados até o dia 8 de dezembro indicam a emissão de 32,43 milhões de CBios em 2023. Em posse da parte obrigada do programa RenovaBio há cerca de 26,75 milhões de créditos de descarbonização. Esse valor considera o estoque de passagem da parte obrigada em 2021 somada com os créditos adquiridos em 2022 e 2023, até o momento, subtraída a meta referente ao ano de 2022.

 

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