Por José Luiz Tejon Megido*
Uma pesquisa realizada pela Monday Morning Institute, que tem parceria com a ONU, entrevistou 5.500 líderes globais e encontrou as cinco principais soluções para os riscos do mundo contemporâneo. São os riscos: desemprego, pobreza, crises financeiras, fome e desnutrição, emissão de carbono na natureza, educação, dentre outros. Entre as saídas: oportunidades para nosso futuro todas elas estão vinculadas ao novo agronegócio.
Por exemplo: uma nova medicina de precisão para doenças passa pela dieta inovadora e pela qualidade da alimentação. A redução do desperdício de alimentos para combater a fome e o abastecimento do planeta passa pela logística e educação dos consumidores sobre a qualidade dos alimentos – acima da sua beleza. Preparar pessoas com conhecimentos diversificados envolve integrar agronomia, veterinária, zootécnica com administração e o marketing da alimentação saudável e de processos cada vez mais sustentáveis.
O mercado de trabalho digital, como segundo ponto mais importante, vai viabilizar micro e pequenos empreendedores dentro de um novo campo, gerando trabalho e estancando o êxodo rural. E a primeira sugestão dos líderes pesquisados para esse novo e breve futuro, está no que foi chamado de Smart Farming. Ou seja, a produção inteligente no campo significa agricultura de precisão e utilização dos sensores e dos equipamentos modernos que permitem atuar com detalhe milimétrico em cada semente, cada animal e na dosagem dos insumos, bem como dos micro nutrientes vegetais e animais.
Smart Farming é o novo nome do estado da arte do agronegócio. E isso estará presente nas propriedades de todos os portes, para agricultura familiar, e empresarial, e vai exigir treinamento intensivo, educação e atração de uma nova geração de jovens, de mulheres e novos fazendeiros.
*José Luiz Tejon Megido, Conselheiro Fiscal do Conselho Científico para Agricultura Sustentável (CCAS), dirige o Núcleo de Agronegócio da ESPM