Modalidades operacionais. Em teoria, o uso do scraper é simples, mas requer uma grande sensibilidade do operador. Na prática, fazendo o trator avançar, mediante um distribuidor hidráulico ou um comando elétrico (se o scraper possui equipamento hidráulico autônomo), lentamente e progressivamente se abaixa o caixote que assim se apoia na superfície do terreno e, pelo próprio peso, faz com que a lâmina dianteira corte uma fatia mais ou menos consistente de terra que, consequentemente, é carregada no caixote. Quando o tanque está cheio, é levantado, e fecha-se o portão que retém o material no local.
Na fase de trabalho, o principal inconveniente é o excessivo afundamento da lâmina, que pode causar o bloqueio do avanço do trator ou, ao contrário, manter a lâmina muito superficial, removendo uma quantidade insuficiente de terra. Para reduzir tal incerteza, alguns modelos vêm com dispositivos de controle a laser, análogos àqueles montados nas niveladoras: o transmissor emite um raio que, detectado pelo sensor montado no scraper, age no atuador que comanda a altura da lâmina. De qualquer maneira, é útil poder limitar com antecedência a profundidade atingível, para otimizar o trabalho em relação à capacidade de tração do trator e, principalmente, às características físicas do terreno (textura, umidade, grau de compactação etc.).
Se o trator tem potência adequada, é possível ligar dois scrapers em série, um atrás do outro. Em todo caso, os dois caixotes enchem individualmente; o dianteiro é sempre o primeiro, para poder descarregar uma parte do peso no trator, comportando, por sua vez, um aumento do peso aderente, favorecendo a capacidade de tração.
Quando equipado com controle a laser, o scraper pode não produzir nivelamentos perfeitos. Na fase de descarga, mesmo quando bem cuidadosa, criam-se pilhas de terra, que depois devem ser distribuídas com as niveladoras.