Capital asiático. Empresas asiáticas também entraram na corrida para conquistar espaço em solo brasileiro. A coreana LS Tractor, do grupo LS Mtron, instalou uma unidade em Garuva (SC). A partir de julho deste ano, começa a comercializar máquinas fabricadas no Brasil. “O projeto prevê a produção anual de 5 mil tratores de baixa potência, de 25 cv a 100 cv, que representam cerca de 70% das vendas deste equipamento no País. Os investimentos devem superar os US$ 30 milhões”, conta o vice-presidente da LS Mtron, Kwang Won Lee. Na opinião do executivo, o potencial de tecnologia dos tratores LS e o ganho de produtividade que vão acrescentar nas tarefas realizadas na propriedade serão fortes argumentos para conquistar o mercado brasileiro.
Outra asiática que aportou no País foi a montadora indiana Mahindra, que investiu R$ 150 milhões na construção da sua fábrica de tratores em Dois Irmãos (RS). “A produção em massa está prevista para outubro”, informa Jean Anwandter, diretor Comercial e Marketing da Bramont, do Grupo Gildemeister, distribuidor da Mahindra na América Latina. Anwandter destaca a importância do mercado brasileiro. “Se você não investe em fábricas no Brasil, é muito difícil entrar no mercado, pois o custo de CBU (Complete Built Units) é muito elevado, devido aos impostos.” O investimento total da empresa alcança R$ 150 milhões e inclui outras unidades da Bramont: a ampliação da fábrica de utilitários Mahindra (picapes) e a construção da sua primeira indústria de motocicletas no País, ambas em Manaus.
Em agosto, a chinesa SDLG, da Shandong Lingong Construction Machinery Co. Ltd., iniciará a produção de escavadeiras no Brasil. Para tanto, investiu US$ 10 milhões na construção da unidade de Pederneiras, SP, junto ao complexo industrial da Volvo Construction Equipament, que detém 70% das ações da empresa.
“O Brasil é um mercado chave para a SDLG e representa 80% das vendas da empresa na região”, afirma Enrique Ramírez, diretor de Negócios da SDLG para a América Latina. No ano passado, a empresa liderou as importações de carregadeiras da China para o Brasil, com 555 unidades (14% de participação do mercado). “Além de reduzir os prazos de entrega e acelerar o abastecimento da rede de distribuição, passamos a oferecer aos clientes o acesso a melhores condições de financiamento, como o Finame”, enumera as vantagens da produção nacional das escavadeiras SDLG.
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