Tecnologia e mecanização agrícola: a combinação perfeita

* Por Bernardo Arnaud

 

A tecnologia impactou os mais diferentes setores nos últimos anos. Entre eles, podemos destacar o agronegócio, mercado que experimentou mudanças drásticas neste sentido. Um bom exemplo é o monitoramento de lavoura. Se antes, era necessário fazer rondas presenciais periodicamente para avaliar o campo, agora, isso pode ser feito em grande parte por satélite.

O mais interessante é que esse acompanhamento não anda sozinho. Com projetos simples de Internet of Things (Internet das Coisas, em tradução livre), você consegue conectar as informações deste monitoramento ao maquinário, e, a partir daí, enriquecer sua base de informações para a tomada de melhores decisões.

Mecanização no campo

A produção agrícola foi fortemente impactada pela mecanização. Os processos de plantio e colheita, bem como o manejo e manutenção das lavouras, ficaram muito mais rápidos. E o agronegócio segue impulsionando os números do setor de máquinas agrícolas e de construção. De acordo com a Anfavea, em setembro de 2020, as vendas cresceram 1,8% no acumulado de janeiro a agosto deste ano – em comparação com o mesmo período no ano passado.

Sem essa mecanização, seria impossível suprir a demanda atual de alimentos e outros produtos do agro. Por isso, sua importância. Acontece que, agora, estamos em outra etapa nesse setor. É preciso tirar proveito da aliança entre máquinas e a conexão com outras tecnologias.

Dados por todos os lados

Tratores, plantadoras, colhedoras… Pense em um maquinário e é possível monitorá-lo mais de perto, bem como seu entorno – captando todos os dados que podem ser importantes analisar junto às informações do monitoramento via satélite. Ao cruzar essas informações do terreno com outras, como mapas de produtividade e de aplicação de taxa variável, é possível ajustar o manejo do solo e da lavoura com custos irrisórios frente ao retorno de investimento que essas iniciativas proporcionam.

E projetos de IoT não param por aí: já existem plataformas hoje integradas ao maquinário e ao monitoramento de lavoura para prever a possibilidade de pragas em fazendas. Pense nos prejuízos que essa informação pode evitar para o agronegócio, quando feita de maneira mais automatizada.

É preciso pensar em tecnologia no agro para evoluir os negócios para outro patamar. Hoje em dia, para se diferenciar, não basta ter o melhor e mais recente equipamento. É preciso integrar essas máquinas com instrumentos para obter dados valiosos.

Mais produtividade e outros benefícios

Com a tecnologia certa, além de ganho de produtividade, você pode experimentar economias significativas na aplicação de insumos biológicos e químicos nas lavouras, além de prever eventos anormais localizáveis por diferenças em índices de vegetação e climáticos.

Especialmente no cenário que vivemos hoje, de pandemia, o monitoramento remoto é ainda mais importante. Com recomendações de distanciamento, muitas visitas e rondas às lavouras foram pausadas. Muitos produtores deixaram de receber auditores e vendedores em suas propriedades e, por isso, vimos um aumento expressivo da demanda por auditoria remota, tanto para a lavoura em geral, quanto para crédito e seguro rural.

Essa possibilidade de auditoria remota só é possível com tecnologia, mas, claro, sem nunca deixar a questão da mecanização de lado.

Planejamento e metas de produtividade

O fundamental, para poder aproveitar ao máximo o que os novos equipamentos e softwares oferecem, é traçar muito claramente uma meta de produtividade. Esse objetivo não passa somente pela mecanização da lavoura, mas também pelo uso de insumos biológicos, rastreabilidade, manejo sustentável do solo e utilização de mapas de produtividade para poder aumentar sua produção em até 100% em 5 anos.

Esse ecossistema – de mecanização, aprendizado de máquina, manejo biológico e sustentável da lavoura, e constante monitoramento para prevenir perdas e aplicar correções durante a safra – é a melhor aposta que o produtor rural pode fazer para poder efetivamente reduzir custos. Isso, além de aumentar a lucratividade e permitir que as equipes fiquem em processos menos repetitivos e de maior valor agregado. De preferência quando a máquina disparar alarmes baseados nos índices mensurados no campo.

*Bernardo Arnaud é CEO da StarkSat

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