Com disponibilidade de crédito barato e a supersafra de grãos, as vendas de máquinas e implementos agrícolas vão de vento em popa no Brasil. Em algumas regiões, o volume deve dobrar em 2013. Somado a isso, os juros reais negativos, que partem de 2,5% ao ano nos programas de financiamento subsidiados pelo governo, aumentaram o apetite dos produtores por investimentos na lavoura. Os fabricantes correm para atender à demanda, mas há empresas com prazos de entrega de produtos só para o ano que vem.
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A indústria de implementos agrícolas não estava preparada para o forte aquecimento do mercado. A demanda nos primeiros meses de 2013 superou, e muito, o que foi projetado para o ano inteiro. “Todo o setor de máquinas agrícolas está com três ou quatro meses de carteira vendida. Plantadeiras, por exemplo, já não tem mais para entrega este ano”, comenta Gilberto Zancopé, presidente da Câmara Setor de Máquinas e Implementos Agrícolas, da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas –CSMIA/ABIMAQ.
Não vai ser possível ampliar a produção, dizem os fabricantes, e a situação neste segmento da indústria só deve ser regularizada entre janeiro e abril do ano que vem. “O mercado aqueceu muito, mas nós fabricantes não estávamos preparados”, reforça o coordenador de marketing da Baldan Implementos Agrícolas, Adilson Batista.