Agricultores cadastrados no Programa Mais Alimentos terão acesso facilitado ao financiamento de máquinas e implementos agrícolas em decorrência dos acordos de cooperação técnica firmados, em agosto, pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) com as associações Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) e Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (Anfir).
O Mais Alimentos é uma linha de financiamento do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Pelos novos acordos, os equipamentos podem ser financiados pelos pequenos agricultores com a linha de crédito disponibilizada pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) com juros que variam de 2,5% ao ano para compras de até R$ 10 mil; 4,5% anual para uma ou mais operações com valor entre R$ 10 mil e R$ 30 mil; e também de 5,5% ao ano para operações acima de R$ 30 mil.
Durante a cerimônica de assinatura dos acordos, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias, salientou que o ajuste fiscal não afetou a oferta de crédito rural, que cresceu 20% em relação ao último ano safra (de R$ 24,1 bilhões em 2014/2015 para R$ 28,9 bilhões em 2015/2016) e que esse fator também não afetará o acesso dos produtores ao Mais Alimentos.
Como ter acesso
O coordenador do Programa Mais Alimentos, Lucas Ramalho, também assinou os acordos e explicou como os agricultores podem fazer para adquirir os equipamentos que desejam para aumentar a produtividade da terra.
“O primeiro passo é ter uma Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP). Logo após, é só procurar uma empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural, montar o projeto e levá-lo à instituição financeira”, disse.
João Carlos Marchesan, vice-presidente da Abimaq, lembrou que a entidade é parceira do MDA desde o início do Programa Mais Alimentos. Ele ressaltou que o programa é fundamental para a manutenção do agricultor familiar no campo e na oferta de empregos nas zonas urbanas. “É um ciclo. O agricultor familiar aumenta sua renda, adquire o equipamento e gera, diretamente, emprego no campo. O consumo é em cima da renda que ele tem e o aumento do acesso ao programa é um reflexo do aumento da renda no campo”.